Rescisões no Abanca superam expectativas com 77 saídas

O Abanca, banco galego que adquiriu o Eurobic, anunciou um número de rescisões que superou as expectativas iniciais. Em setembro, a instituição tinha aberto um programa de saídas para 60 trabalhadores da área comercial, motivado pelo encerramento de 24 balcões devido à sobreposição geográfica com outras agências. Passado um mês e meio, o resultado final revelou que 77 trabalhadores aceitaram deixar o banco.

Embora o Abanca não tenha comentado oficialmente os números, uma fonte sindical revelou ao ECO que 67 dos trabalhadores optaram pela rescisão por mútuo acordo, enquanto outros dez irão beneficiar de pré-reformas. Este processo decorreu de forma pacífica, com os sindicatos a serem informados atempadamente e a acompanharem cada caso individualmente.

As rescisões Abanca foram estruturadas de forma a garantir aos trabalhadores acesso a subsídio de desemprego e a uma indemnização correspondente a 1,5 salários por cada ano de antiguidade. Além disso, os trabalhadores que optaram pela rescisão têm direito a um seguro de saúde por 12 meses e apoio na procura de novo emprego. Para os que se encontram em pré-reforma, com 60 anos ou mais, o banco assegurou a suspensão do trabalho até à idade legal de reforma, com um pagamento de 60% do salário.

Quando o Abanca anunciou este plano de saídas, a instituição garantiu que não haveria mais encerramentos de agências ou rescisões, afirmando que a sua estratégia se orienta para um modelo organizacional adaptado à realidade do setor bancário. Após a aquisição do Eurobic, que custou 350 milhões de euros, o Abanca está em fase de integração da nova entidade.

Os dados disponíveis indicam que o Eurobic contava com 1.467 trabalhadores no final do ano passado, dos quais 879 na área comercial, distribuídos por 165 balcões. O Abanca, por sua vez, empregava quase 400 pessoas em Portugal.

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Entretanto, o Eurobic também enfrenta desafios financeiros. O lucro do banco caiu 36% até setembro, totalizando 46,1 milhões de euros, conforme os resultados divulgados pelo Abanca. A margem financeira, que reflete a diferença entre os juros cobrados em empréstimos e os pagos em depósitos, contraiu 21,4%, fixando-se em 147,6 milhões de euros. Em contraste com os grandes bancos que estão a aumentar crédito e depósitos, o Eurobic viu a sua carteira de empréstimos reduzir em 3%, totalizando 5,3 mil milhões de euros, enquanto os depósitos caíram 1,4%, para 7,1 mil milhões de euros. Apesar disso, o volume de negócios estabilizou, impulsionado pelo crescimento significativo dos recursos fora de balanço, que triplicaram para 364 milhões de euros.

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Fonte: ECO

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