A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, confirmou este sábado que o país irá manter o acordo comercial com os Estados Unidos, que obriga o Japão a investir 550 mil milhões de dólares na economia norte-americana. Esta afirmação surge num contexto de incerteza, mas Takaichi dissipou as dúvidas, afirmando que “o acordo é um compromisso entre governos e não deve ser alterado”.
As declarações foram feitas durante uma conferência de imprensa em Gyeongju, na Coreia do Sul, após a cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC). Takaichi, que se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão na semana passada, sublinhou que o pacto com os EUA deve ser respeitado independentemente de quem esteja à frente do governo japonês.
Durante a sua campanha para as primárias do Partido Liberal Democrático (PLD), Takaichi expressou algumas reservas sobre o acordo comercial assinado pelo seu antecessor, Shigeru Ishi. Na altura, foi a única candidata a levantar a mão quando questionada sobre a existência de “aspectos desiguais” no pacto. Contudo, após a sua vitória e confirmação como primeira-ministra a 21 de outubro, a líder japonesa adotou uma postura mais cautelosa, afirmando que o Japão fará “o possível para aliviar o impacto das tarifas dos EUA”.
O acordo comercial, que foi alcançado em julho após longas negociações, estabelece que o Japão investirá 550 mil milhões de dólares (cerca de 476 mil milhões de euros) nos EUA em troca de tarifas reduzidas de 15%, em vez dos 25% inicialmente ameaçados pelo ex-presidente Donald Trump. Apesar da confirmação do investimento, ainda não está claro como se concretizarão esses aportes financeiros.
A recente visita de Trump a Tóquio, que visava demonstrar a sintonia entre os dois líderes, não trouxe novidades significativas sobre o acordo comercial Japão EUA. A continuidade deste pacto será, sem dúvida, um tema central na agenda económica do Japão nos próximos meses.
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Fonte: ECO





