Central de Cervejas investe 135 milhões na descarbonização

A Central de Cervejas e Bebidas anunciou um investimento total de 135 milhões de euros desde 2017, com o intuito de descarbonizar as suas unidades de produção até 2030. Este esforço faz parte da estratégia global ‘Brew a Better World’, que visa alcançar a neutralidade carbónica nos âmbitos 1 e 2, ou seja, na produção.

Julien Haex, Diretor-Geral da Central de Cervejas e Bebidas, sublinha a importância deste compromisso: “Estamos empenhados em criar um impacto positivo e acelerar a nossa Jornada de Descarbonização, apoiando as ambições globais da Heineken. Na Cervejeira de Vialonga, queremos produzir cerveja com energia 100% renovável até 2030.”

Para atingir estes objetivos, o grupo tem implementado diversas soluções e tecnologias que promovem a transição energética. “Os nossos compromissos de sustentabilidade refletem-se em toda a cadeia de valor, da cevada até ao bar. Esta Jornada é uma oportunidade para transformar a forma como utilizamos os recursos e aumentar a eficiência da nossa produção”, acrescenta Haex.

Atualmente, 100% da eletricidade utilizada já provém de fontes renováveis, resultado da instalação de 8.400 painéis solares na Cervejeira de Vialonga e na unidade de enchimento da Água de Luso, que juntos têm capacidade para produzir 4.568 MWh/ano. A transição para energias renováveis continuará em 2025, com a implementação de um Parque Eólico de Alto da Coutada, que fornecerá 32 GWh/ano de eletricidade renovável.

Um dos maiores desafios da Central de Cervejas é a transição da energia térmica, que representa cerca de dois terços do consumo energético nas suas operações. Esta energia é crucial para processos como a transformação da cevada em malte e o enchimento, que até agora dependiam do gás natural. Para enfrentar este desafio, a empresa está a desenvolver um sistema de recuperação de energia em parceria com a Siemens Portugal, com previsão de funcionamento total em 2026.

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Este sistema utiliza uma bomba de calor para gerar energia térmica a partir de eletricidade renovável, substituindo parcialmente o vapor produzido pelas caldeiras a gás natural. Esta inovação, cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visa reduzir as emissões de CO₂ associadas à energia térmica.

Além disso, a Central de Cervejas, em colaboração com a EDP e a Rondo Energy, está a implementar uma bateria térmica de 100 MWh na Cervejeira de Vialonga. Este projeto, que combina energia solar, armazenamento térmico e eletrificação do calor, será pioneiro na indústria das bebidas em Portugal e uma das maiores baterias térmicas do mundo, com operação prevista para 2027.

“Cumprir a transição da energia térmica exige um investimento significativo em inovação e colaboração com parceiros tecnológicos. Estamos a ser pioneiros em Portugal na transformação do setor, contribuindo para acelerar a descarbonização e reforçar a competitividade da indústria cervejeira a longo prazo”, conclui Julien Haex.

Leia também: O impacto da transição energética nas indústrias em Portugal.

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Fonte: Sapo

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