O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se esta segunda-feira sobre a controvérsia gerada em Portugal após a sua afirmação sobre a necessidade de otimizar os recursos e gerir melhor o investimento na saúde. Durante uma visita à Sword Health, no Porto, Montenegro lamentou a “grande querela comunicacional” que se formou à volta deste tema.
“Por alguém ter dito que era preciso otimizar os recursos e gerir melhor o investimento financeiro, parece que o país ia parar”, afirmou, acompanhado pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e pelo novo presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte. Nos últimos dias, surgiram críticas após o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ter, alegadamente, dado instruções aos hospitais para reduzirem a despesa em 2026.
De acordo com uma notícia do jornal “Público”, a ordem inclui a redução de gastos com medicamentos, cirurgias fora do horário normal e contratações de pessoal. Montenegro destacou que a despesa com o sistema de saúde em Portugal aumentou de oito mil milhões de euros para 18 mil milhões nos últimos dez anos, sem que houvesse uma melhoria proporcional nos serviços prestados. “Queremos mais cuidados de saúde, mais eficácia e eficiência, e também melhor resultado financeiro ou poupança”, sublinhou.
O primeiro-ministro defendeu que Portugal deve enfrentar os desafios da saúde “sem complexos e com espírito inovador”. Criticou ainda aqueles que diabolizam o setor privado da saúde, afirmando que o Governo não pretende privatizar o SNS. “Não é o setor privado que vai salvar o SNS, mas sim o SNS que pode salvar o setor privado se não mandar tantos utentes para lá”, frisou.
Montenegro alertou que o setor privado está a enfrentar dificuldades semelhantes às do setor público, devido à falta de soluções. Para resolver esta situação, o primeiro-ministro defendeu a necessidade de inovação e a aplicação de tecnologias, incluindo a inteligência artificial, no processo de saúde.
“É fundamental aproveitar todo o potencial tecnológico com responsabilidade e certeza científica”, concluiu.
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Fonte: Sapo





