O grupo alemão Rheinmetall e o Governo da Roménia anunciaram a construção de uma nova fábrica de pólvora na Roménia, uma iniciativa que surge no contexto do fortalecimento militar europeu, impulsionado pela guerra na Ucrânia. Esta unidade será erguida na cidade de Victoria, no centro do país, através de uma parceria com a empresa estatal Romarm, que controla a subsidiária Pirochim Victoria. O investimento total ultrapassa os 500 milhões de euros.
A Rheinmetall terá uma participação maioritária de 51% nesta joint-venture, que está prevista para iniciar a produção em 2028. De acordo com o comunicado conjunto, a nova fábrica de pólvora terá uma capacidade anual de cerca de 300 mil cargas modulares de pólvora propelente, além de 200 toneladas adicionais para consumo interno, o que exigirá aproximadamente 750 toneladas de matéria-prima por ano.
Armin Papperger, presidente executivo da Rheinmetall, destacou que a estratégia do grupo visa integrar a Roménia nos ecossistemas industriais da NATO e da Europa. Este projeto não só reforça a capacidade de defesa da região, como também promete criar cerca de 700 empregos diretos, contribuindo para o desenvolvimento económico local.
A Roménia, que é membro da NATO desde 2004, partilha uma extensa fronteira de 650 quilómetros com a Ucrânia e tem reportado repetidas violações do seu espaço aéreo por drones russos desde o início do conflito. A nova fábrica de pólvora representa um passo importante para a segurança e a defesa do país, alinhando-se com os esforços da NATO para fortalecer a sua presença no flanco oriental.
Com a construção desta instalação, a Rheinmetall avança para o seu objetivo de produzir anualmente 20 mil toneladas de pólvora propelente até 2030. Recentemente, o grupo também anunciou a construção de uma fábrica na Bulgária, avaliada em mil milhões de euros, destinada à produção de munições e sistemas de carregamento modular.
As ações da Rheinmetall na Bolsa de Frankfurt registaram uma subida de 3% após o anúncio, refletindo a confiança dos investidores no aumento do investimento em defesa na Europa. Este crescimento é impulsionado pela crescente percepção de ameaça russa e pela política de rearmamento adotada por vários governos, incluindo o da Alemanha. O chanceler alemão, Friedrich Merz, comprometeu-se a transformar as Forças Armadas do seu país no “Exército convencional mais poderoso da Europa” até ao final da década, pondo fim a anos de subfinanciamento militar.
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Fonte: ECO





