Pedro Delille, advogado de José Sócrates, decidiu renunciar ao seu mandato no julgamento da Operação Marquês. A sua saída ocorre após uma reprimenda da juíza, que considerou inaceitável o comportamento do advogado durante uma sessão recente. Com esta decisão, o ex-primeiro-ministro ficará agora sem a sua defesa habitual, sendo representado por um advogado oficioso.
No requerimento enviado ao tribunal, Pedro Delille afirmou que a sua renúncia se deve a “razões deontológicas”. O advogado expressou que, após o incidente da última quarta-feira, ficou convencido de que continuar no julgamento violaria a sua consciência e a ética profissional que defende. “Repudio e recuso participar e validar, um minuto mais que seja, neste simulacro de julgamento”, declarou Delille, referindo-se à sua insatisfação com o andamento do processo.
O episódio que levou à renúncia do advogado teve início quando Pedro Delille chegou atrasado à sessão. Ele presumiu que a audiência começaria mais tarde, uma vez que a mãe de Sócrates, que deveria testemunhar, não compareceu devido a problemas de saúde. O advogado apresentou um atestado médico que justificava a ausência da idosa, de 94 anos. No entanto, a juíza Susana Seca não aceitou a justificativa e criticou a falta de comunicação do advogado, que não tinha procuração para representar a testemunha.
Durante a audiência, a juíza interrompeu Delille quando ele tentou explicar o seu atraso, exclamando: “Acabou a brincadeira!”. A presidente do coletivo de juízes sublinhou que o advogado estava notificado para comparecer às 9:30, e a sua ausência obrigou a convocação de uma advogada oficiosa para representar Sócrates.
Com a renúncia de Pedro Delille, a Operação Marquês continua a sua marcha, agora com um novo advogado a assumir a defesa do ex-primeiro-ministro. A próxima sessão do julgamento está agendada para esta terça-feira, onde serão ouvidas novas testemunhas.
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Operação Marquês Operação Marquês Nota: análise relacionada com Operação Marquês.
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Fonte: ECO
