Cotrim Figueiredo critica gestão da saúde e pede reformas estruturais

O candidato à Presidência da República, João Cotrim Figueiredo, expressou a sua opinião sobre os problemas do sistema de saúde em Portugal, afirmando que estes não se resolvem apenas com mais dinheiro ou com a substituição de ministros. Durante uma iniciativa em Coimbra, onde interagiu com estudantes de Ciência Política, Cotrim Figueiredo sublinhou que a raiz dos problemas da saúde está na estrutura do sistema, que considera demasiado centralizada.

“Temos assistido à substituição constante de ministros da saúde, mas o sistema é que acaba por triturar qualquer um deles. É um sistema tão vasto que não pode depender apenas das decisões do Ministério da Saúde”, afirmou o candidato, apoiado pela Iniciativa Liberal (IL). Para ele, é essencial que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) desenvolva internamente os mecanismos necessários para melhorar continuamente os serviços prestados.

Cotrim Figueiredo também abordou a responsabilidade política da atual ministra da Saúde, destacando que, mesmo que se exijam mudanças de liderança, os problemas persistirão. “Podem pedir todas as cabeças que quiserem, mas em seis meses voltarão a pedir porque o sistema não vai funcionar”, alertou. Ele recordou que há anos que alerta para as falhas do SNS e que apresentou um plano de reforma há três anos, sem que tenha havido interesse em implementá-lo.

O candidato enfatizou que o SNS, que conta com cerca de 160 mil profissionais e um orçamento de 17 mil milhões de euros, não pode ser gerido de forma centralizada. “É necessário que as unidades de saúde tenham incentivos e sistemas de controlo que lhes permitam trabalhar de forma autónoma. Se 10 anos de aumento de recursos não foram suficientes para demonstrar isso, não sei o que mais é preciso”, disse.

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Cotrim Figueiredo considera que a saúde é uma questão urgente que requer reformas estruturais. Ele lamentou que, ao adiar a resolução dos problemas e ao evitar reconhecer as falhas, a situação se torna cada vez mais difícil. “Estamos há anos a ver pessoas a sofrer com a falta de um serviço de qualidade”, afirmou.

Para o candidato, o papel do Presidente da República deve ser mais ativo e exigente, de forma a garantir que os problemas da saúde não sejam ignorados. “O SNS, tal como está, nunca será eficiente e consumirá recursos excessivos dos contribuintes, sem que a qualidade dos serviços melhore”, vaticinou.

Cotrim Figueiredo também observou que, apesar do aumento do orçamento para a saúde, que cresceu mais de 80% entre 2015 e 2025, não se têm verificado melhorias significativas nos serviços. Para ele, a questão não é a falta de dinheiro, mas sim a necessidade de reformas na saúde que reestruturem o sistema.

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Fonte: ECO

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