A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou um acordo para a venda da sua participação de 19% na Águas de Portugal à Parpública, a entidade responsável pela gestão das participações do Estado. O presidente da CGD, Paulo Macedo, confirmou que esta operação resultará numa mais-valia para o banco, embora ainda dependa de alguns trâmites legais.
Macedo revelou que a venda já recebeu a aprovação do Ministério das Finanças e que a Águas de Portugal também deu o seu parecer favorável. “Há um acordo de entendimento entre a Caixa e a Parpública”, afirmou. O líder da CGD acredita que o anúncio oficial do negócio poderá ocorrer em breve.
Embora os valores da transação não tenham sido divulgados, Macedo garantiu que a mais-valia será significativa. Se a venda for concretizada ainda este ano, este encaixe financeiro contribuirá para aumentar os lucros da CGD, que até setembro de 2023 já tinham alcançado 1,4 mil milhões de euros.
Além da venda da participação na Águas de Portugal, Paulo Macedo também abordou a possibilidade de venda da operação do banco no Brasil. “Foram lançados os trabalhos preparatórios para a venda desta operação. Temos um conjunto preliminar de interessados, o que nos dá ânimo”, disse o presidente da CGD. Contudo, ele alertou que esta operação não deverá ser concluída antes de 2027, sublinhando a importância de agir com cautela.
Macedo destacou que a valorização da operação brasileira tem vindo a aumentar, e que a CGD está determinada em obter o valor justo na venda. “Se quiséssemos vender a qualquer preço, já teríamos vendido”, afirmou, referindo que a Caixa tem conseguido resolver diversos problemas anteriores que afetavam a sua operação no Brasil.
A venda da participação na Águas de Portugal e a potencial venda do banco no Brasil são passos importantes na estratégia da CGD para fortalecer a sua posição financeira e maximizar os seus ativos. Leia também: O impacto das vendas de ativos na saúde financeira dos bancos.
Águas de Portugal Nota: análise relacionada com Águas de Portugal.
Leia também: Moonshot lança novo modelo de IA em meio à corrida chinesa
Fonte: ECO
