Maria João Faísca, agora responsável pela área de Tecnologia, Dados e Inovação Digital na CS’Associados, defende que o Direito não deve ser visto como um obstáculo à inovação. Com mais de 20 anos de experiência, Faísca acredita que as preocupações com a proteção de dados pessoais não devem sacrificar a inovação, mas sim coexistir de forma harmoniosa.
A sua carreira começou de forma inesperada, afastando-se do plano inicial que tinha após sair da faculdade. Com o tempo, Maria João aproveitou oportunidades que surgiram e construiu uma trajetória marcada por desafios e aprendizagens. “Todos os casos que marcaram a minha vida profissional têm um impacto direto nas pessoas”, afirma. Essa visão humanista é uma constante na sua abordagem ao Direito, especialmente no contexto empresarial, onde muitas vezes as pessoas são vistas apenas como executantes.
Faísca destaca que a advocacia in house, onde atua atualmente, permite uma integração mais profunda no negócio. “O advogado in house respira o negócio e integra o processo decisório”, explica. Essa proximidade com a empresa é uma vantagem que, segundo ela, os clientes valorizam cada vez mais. “Os clientes procuram advogados que compreendam a linguagem interna e que sejam uma extensão dos recursos da empresa”, acrescenta.
A nova posição na CS’Associados representa um desafio que Maria João abraçou com entusiasmo. Ela pretende desenvolver a área de Tecnologia, Dados e Inovação Digital, que considera fundamental para o futuro das empresas. “É crucial acompanhar o crescimento e a afirmação desta área, que é muitas vezes incompreendida”, diz. Para ela, o Direito não deve ser um entrave, mas sim um parceiro que fortalece a inovação.
Os desafios são muitos, especialmente no que diz respeito à cibersegurança e à legislação de proteção de dados, como o RGPD. “A inovação não deve acontecer a todo o custo”, alerta. É essencial que os projetos sejam acompanhados desde a sua conceção para que as preocupações legais sejam integradas desde o início.
Maria João Faísca também vê um grande potencial nas áreas emergentes como inteligência artificial e blockchain. “O advogado terá um papel cada vez mais exigente nestas matérias”, afirma. A simplificação dos temas complexos é um dos seus principais objetivos, de modo a facilitar a vida dos clientes.
A colaboração interdisciplinar entre as várias áreas do escritório será uma prioridade. “O trabalho colaborativo é fundamental para trazer as matérias para a área de Tecnologia, Dados e Inovação Digital”, conclui.
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Fonte: ECO





