Os gastos impulsivos podem parecer inofensivos, mas têm um impacto significativo nas finanças pessoais, comprometendo orçamentos, aumentando dívidas e dificultando a poupança. Muitas vezes, uma promoção irresistível, um jantar não planeado ou um gadget aparentemente necessário levam a decisões de compra que não são racionais. Reconhecer esses comportamentos é o primeiro passo para os controlar. A boa notícia é que existem estratégias simples que podem ajudar a gerir melhor os gastos impulsivos e a alcançar um equilíbrio financeiro.
Uma das estratégias mais eficazes é a regra das 24 horas ou dos 30 dias. Antes de comprar algo que não seja essencial, aguarde 24 horas ou até 30 dias, se for um item mais caro. Este tempo de espera permite que o impulso diminua e a decisão se torne mais racional. Se, após esse período, ainda sentir que precisa do item, então a compra pode fazer sentido. O Desmotivador de Compras do Doutor Finanças é uma ferramenta útil que o pode ajudar a refletir antes de gastar.
Outra abordagem clássica é fazer uma lista de compras. Ter uma lista clara do que realmente precisa é uma forma eficaz de evitar gastos desnecessários. Siga a lista à risca e evite procurar substitutos para produtos que não estejam disponíveis.
Definir um orçamento para extras também é uma estratégia inteligente. É irrealista pensar que conseguirá eliminar completamente as compras por impulso. Em vez disso, estabeleça um montante no seu orçamento para pequenos prazeres. Quando esse valor se esgotar, aguarde até ao mês seguinte para evitar excessos.
Cancelar newsletters de lojas é outra forma de reduzir os estímulos para gastos impulsivos. As marcas utilizam notificações e promoções para incitar a compra imediata. Ao cancelar estas comunicações, diminui a pressão para comprar.
Praticar o consumo consciente é essencial. Isso significa gastar dinheiro de forma intencional e alinhada com os seus valores. Pergunte-se se a compra é realmente uma necessidade ou apenas uma forma de lidar com o tédio. Valorizar experiências em vez de objetos pode trazer mais satisfação e menos desperdício.
Criar objetivos de poupança também ajuda a resistir a gastos impulsivos. Ao ter metas definidas, cada euro poupado ganha um significado especial. Seja para um fundo de emergência, uma viagem ou a entrada da sua casa de sonho, acompanhar o progresso é motivador.
Outra dica é preferir o uso de dinheiro físico. Pagar com cartão pode parecer indolor, mas ver o dinheiro a sair da carteira é uma experiência mais impactante. Levante o montante que definiu para extras e utilize apenas esse dinheiro.
Por último, substituir o impulso de comprar por outra ação pode ser eficaz. Muitas vezes, as compras impulsivas são motivadas por emoções como stress ou ansiedade. Encontrar alternativas, como caminhar, meditar ou praticar uma atividade criativa, pode ajudar a lidar com esses sentimentos sem custos.
Estas estratégias não só ajudam a controlar os gastos impulsivos, mas também promovem uma relação mais saudável com o dinheiro. Leia também: 12 dicas para controlar gastos e poupar dinheiro.
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Fonte: Doutor Finanças





