Mercados atentos a nova votação no Congresso dos EUA

A nova semana começa com os mercados financeiros a manterem-se atentos à nova votação no Congresso dos Estados Unidos, que poderá ser decisiva para pôr fim ao shutdown mais longo da história do país. Este impasse, que se arrasta desde 1 de outubro, é resultado da oposição dos democratas ao Orçamento de Estado do governo republicano, que exige concessões.

Os analistas da XTB sublinham que esta semana será crucial para avaliar se existe consenso entre os legisladores. Até agora, já ocorreram 14 votações sem sucesso para resolver a situação. O presidente Donald Trump, através da rede social Truth, tem enviado mensagens ao Senado, propondo um acordo que visa redirecionar os pagamentos destinados às seguradoras de saúde, previstos na Lei de Acesso à Saúde, diretamente para os cidadãos. Segundo Trump, isso permitiria que os americanos adquirissem planos de saúde melhores e ainda sobrasse dinheiro.

A proposta surge após a rejeição, por parte dos senadores republicanos, de uma iniciativa do líder da minoria democrata, Chuck Schumer, que visava reabrir o governo. A situação atual é alarmante, uma vez que o shutdown já dura 39 dias, tornando-se o mais prolongado da história dos EUA.

Além disso, Trump defendeu o fim do Filibuster no Senado, um mecanismo que exige 60 votos para a aprovação da maioria das propostas legislativas. O presidente argumenta que essa regra tem dificultado o progresso e contribuído para a continuidade do shutdown. Ele sugere que a eliminação do Filibuster poderia desbloquear as votações no Congresso.

Em termos de calendário económico, a semana reserva a divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, Reino Unido, China e Austrália. Na quarta-feira, a atenção estará voltada para uma intervenção de Waller, membro da Reserva Federal dos EUA, cuja análise sobre a política monetária pode influenciar as expectativas do mercado em relação aos cortes nas taxas de juro.

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Os dados de inflação dos EUA, que incluem o Core CPI, o CPI e o PPI, estão previstos para quinta e sexta-feira, embora a sua publicação possa ser afetada pelo shutdown. Os investidores estarão particularmente atentos a estes números, que podem ser determinantes para as decisões da Fed na próxima reunião de dezembro.

A semana passada foi marcada por elevada volatilidade nos mercados, com os investidores preocupados com a dependência do setor tecnológico em relação à inteligência artificial e os riscos associados. O shutdown do governo americano, que já se tornou o mais longo da história, continua a impactar a visibilidade dos mercados, especialmente em relação a dados macroeconómicos.

Por outro lado, a China anunciou a suspensão da proibição de exportação de metais raros essenciais para os EUA, um sinal positivo que pode ajudar a reduzir as tensões comerciais entre os dois países. Além disso, a partir desta segunda-feira, ambos os países irão suspender as taxas portuárias mútuas impostas em outubro, o que poderá facilitar o comércio.

As bolsas europeias encerraram em baixa, refletindo a incerteza em torno do shutdown. O PSI, índice da bolsa de Lisboa, caiu 2,27%, arrastado por quedas significativas da EDP e EDP Renováveis, que perderam 5,86% e 5,19%, respetivamente. A situação continua a gerar preocupações sobre o impacto do shutdown na economia e no emprego nos EUA.

Leia também: O impacto do shutdown na economia global.

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Fonte: Sapo

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