Mudar de seguradora pode ser uma estratégia eficaz para reduzir custos e aumentar a proteção dos seus seguros. Contudo, esta decisão deve ser tomada com cuidado, atenção aos prazos e leitura atenta das condições. O seguro certo garante que paga o justo e que está protegido contra surpresas indesejadas.
Antes de decidir, é fundamental comparar o valor do prémio com as coberturas oferecidas. Verifique os prazos de denúncia e os direitos de livre resolução. Assegure-se de que a nova apólice mantém exigências essenciais, como capitais e beneficiários nos seguros associados ao crédito habitação. A mudança só é vantajosa se a poupança for real e a proteção não for comprometida.
Mudar de seguradora faz sentido quando oferece melhor proteção, redução de custos e liberdade legal para cancelar. Comece por identificar os riscos que realmente precisa cobrir. Analise as coberturas necessárias e, em seguida, concentre-se nos valores. Um prémio anual pode parecer atrativo, mas só é realmente vantajoso se as coberturas e limites forem adequados ao seu perfil.
No caso do seguro automóvel e do seguro de saúde, fatores como o histórico de sinistros, idade e franquias influenciam o preço. Para o seguro multirriscos, o capital de reconstrução e o recheio são cruciais. No seguro de vida, coberturas como ITP ou IAD e o capital decrescente afetam a prestação.
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Ajustar estes parâmetros pode ser metade da poupança, enquanto mudar de seguradora pode ser a outra metade.
Conhecer os prazos de denúncia e resolução nos contratos de seguros é igualmente importante. Os contratos podem cessar por caducidade, revogação, denúncia ou resolução. A regra é simples: cumpra os prazos acordados, salvo exceções legais. Para a maioria dos seguros, a denúncia deve ser feita por escrito, pelo menos 30 dias antes da renovação. Em contratos com duração inicial igual ou superior a cinco anos, o aviso deve ser feito com 90 dias de antecedência.
O direito de livre resolução permite ao tomador desistir do contrato sem custos, desde que comunique por escrito dentro do prazo legal. Este prazo é de 30 dias para seguros de vida, acidentes pessoais e saúde com duração igual ou superior a seis meses.
Mudar de seguradora apenas porque encontrou um seguro mais barato não é motivo válido para resolução por justa causa. No entanto, existem situações objetivas que permitem a cessação do contrato, como a venda do veículo no seguro automóvel ou o falecimento do tomador.
Transferir a apólice é um tema frequente, mas é importante ponderar os prós e contras. A vantagem é a possibilidade de poupança ou melhoria das coberturas, mas a desvantagem pode ser a perda de bónus ou a imposição de novas carências.
No seguro de saúde, é fundamental ter cuidado com as carências. Algumas seguradoras podem dispensar carências em campanhas, mas é melhor não contar com isso. Verifique as exclusões e os limites por ato. Nunca cancele o seu seguro atual antes de ter a nova apólice emitida e validada.
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No que diz respeito ao seguro automóvel, o seu histórico é importante. Desde março de 2025, pode solicitar à seguradora a declaração de historial de sinistros dos últimos cinco anos para apresentar a outra entidade. Isso permite manter o bónus e aceder a prémios mais competitivos.
Mudar de seguradora deve ser uma decisão ponderada. Antes de avançar, peça simulações a várias seguradoras e compare as propostas. Defina critérios de análise e compare as coberturas, capitais, franquias e limites. Um prémio mais baixo pode sair caro se os limites forem restritivos.
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Outro detalhe importante é o débito direto. Escolha uma data que garanta saldo na sua conta para evitar falhas de pagamento e custos adicionais.
Para garantir uma mudança tranquila, siga uma estratégia em três passos: analise as apólices, compare o mercado e execute a mudança respeitando os prazos.
Mudar de seguradora pode ser uma ferramenta eficaz de gestão financeira, desde que planeada e executada corretamente. Se a nova apólice oferecer a proteção necessária, avance. Caso contrário, considere negociar com a sua seguradora atual e prepare a mudança para a próxima oportunidade.
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Fonte: Doutor Finanças
