O secretário-geral da Fesap, José Abraão, revelou que o Governo está a considerar um aumento do subsídio de refeição já em 2026. Contudo, após uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, não foram apresentados valores concretos para essa eventual subida.
Na última reunião, o executivo tinha sugerido um aumento gradual do subsídio de refeição na função pública, fixando um incremento de 10 cêntimos por ano a partir de 2027, com o objetivo de alcançar os 6,30 euros até 2029. No entanto, a Fesap considera que esta proposta, mesmo antecipada para 2026, não será suficiente para um novo acordo.
José Abraão sublinhou que a proposta de 10 cêntimos é “ridícula” e que não atende às necessidades dos trabalhadores. “Esperamos que os 10 cêntimos possam ser claramente superiores ao que nos foi apresentado”, afirmou. O dirigente da Fesap enfatizou a importância de o Governo apresentar uma oferta mais robusta, uma vez que “10 cêntimos não dão para um pão”.
A crítica é clara: se o Governo não se mostrar disposto a aumentar o valor do subsídio de refeição de forma significativa, a aceitação da proposta não será viável. A Fesap aguarda, assim, uma resposta mais favorável que inclua um valor que permita aos trabalhadores ter uma refeição digna.
A discussão sobre o subsídio de refeição é um tema recorrente nas negociações entre o Governo e os sindicatos, refletindo a necessidade de uma melhor compensação para os trabalhadores da função pública. A expectativa é que, nas próximas reuniões, o executivo apresente uma proposta mais condizente com as exigências atuais.
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Fonte: Sapo





