Portugal anunciou um investimento de 1,5 milhões de euros para apoiar políticas climáticas nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A informação foi divulgada pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, durante a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que decorre em Belém, Brasil.
Este financiamento será gerido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e destina-se a promover a transparência e a capacitação na área do clima. A ministra destacou a importância de aumentar a capacidade dos negociadores climáticos dos países lusófonos, permitindo-lhes realizar inventários, contabilizar e monitorizar as alterações climáticas, além de partilhar melhores práticas.
O investimento será distribuído ao longo dos próximos cinco anos e já conta com a colaboração da Bélgica. “Vamos ter técnicos a dar maior capacidade e formação aos negociadores de clima de cada um destes países”, afirmou Maria da Graça Carvalho. Este apoio é crucial para que os países da CPLP possam enfrentar os desafios das alterações climáticas de forma eficaz.
Na inauguração do Pavilhão de Portugal na COP30, a ministra sublinhou que o Governo português vê a luta contra as alterações climáticas como uma questão de segurança nacional. “Isto é mesmo uma guerra”, afirmou, enfatizando a necessidade de preparar o país para evitar inundações, erosão costeira e catástrofes naturais, que são uma ameaça à segurança nacional.
Durante os 12 dias da conferência, o Pavilhão de Portugal será palco de sete eventos diários dedicados a temas como clima, oceanos, água e energia. Além disso, o espaço poderá servir como um ponto de encontro para as delegações lusófonas, onde Portugal poderá desempenhar um papel importante como mediador entre a Europa e África.
A COP30 começou com um clima otimista, após a aprovação consensual da agenda de trabalho, considerada fundamental para impulsionar as negociações. Com este investimento em políticas climáticas, Portugal reafirma o seu compromisso em apoiar os países lusófonos na luta contra as alterações climáticas.
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Fonte: Sapo
