Cresce procura de alternativas a depósitos em Portugal

Em Portugal, a tendência de guardar poupanças exclusivamente em depósitos a prazo está a perder força. Um estudo recente da Blackrock revela que, pelo menos, metade dos investidores nacionais está a procurar alternativas a depósitos, especialmente devido à diminuição do valor das poupanças, agravada pela inflação. Desde 2022, o número de portugueses que investem em fundos cotados, conhecidos como ETF, duplicou, atingindo cerca de um milhão de investidores.

O relatório “People & Money” da Blackrock, que inquiriu mais de 40 mil adultos em 15 países europeus, destaca uma democratização dos investimentos em Portugal, com um aumento significativo entre os mais jovens. Contudo, a falta de conhecimentos sólidos em literacia financeira continua a ser uma preocupação. Muitos investidores navegam sem a formação necessária, o que pode aumentar o risco nas suas decisões.

A pesquisa revela que metade dos investidores portugueses começou a investir porque percebeu que o dinheiro parado em depósitos não estava a crescer. Quase 40% dos inquiridos referem que desejam assumir o controlo do seu futuro financeiro, enquanto um terço descobriu que não é preciso uma grande quantia para começar a investir. Timo Toenges, responsável pela riqueza digital na EMEA da Blackrock, afirma que este fenómeno reflete um reconhecimento crescente de que investir pode ser uma forma eficaz de garantir segurança financeira a longo prazo.

Atualmente, cerca de 3% do total europeu de investidores em ETF é português, colocando o país em quarto lugar entre os 15 mercados analisados. Um em cada três investidores portugueses possui ETF, uma percentagem que coloca Portugal atrás apenas da Alemanha, Áustria e Suíça. Este crescimento é notável, especialmente considerando que, no ano anterior, Portugal registou uma queda de 12% no número de novos investidores.

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A Blackrock atribuiu essa queda a baixos níveis de literacia financeira e a uma elevada percentagem de investidores que detinham criptoativos. André Themudo, diretor da Blackrock em Portugal, destacou que quem possui mais literacia financeira tende a investir menos em criptoativos. O estudo deste ano revela que a adoção de ETF está a crescer rapidamente, especialmente entre mulheres e jovens adultos.

Embora o aumento do investimento em ETF seja encorajador, os desafios persistem. A literacia financeira continua a ser um fator crítico nas decisões de investimento. Um terço dos adultos portugueses nunca ouviu falar de ETF, enquanto mais de um terço possui um entendimento básico sobre o tema. Em comparação, a Alemanha apresenta uma taxa de conhecimento básico de 48%.

Quando questionados sobre os comportamentos de um investidor confiante, os portugueses destacam a diversificação e a reserva regular de dinheiro como prioridades. No entanto, entre os não investidores, a falta de dinheiro e o desconhecimento dos riscos são as principais barreiras. O estudo confirma que, embora o investimento esteja a democratizar-se em Portugal, a educação financeira e a regulação são essenciais para garantir escolhas informadas.

Leia também: A importância da literacia financeira para o investimento em Portugal.

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Fonte: ECO

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