O Novobanco vai integrar apenas 50% dos cerca de 100 trabalhadores que atualmente fazem parte do Unibanco, o negócio de cartões e crédito ao consumo da Unicre. Esta decisão foi comunicada por três sindicatos ligados à UGT, que alertam para as consequências da venda.
De acordo com um comunicado assinado pelo Sindicato do Setor Financeiro Mais, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca, Seguros e Tecnologias (SBC) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), a metade restante dos colaboradores não será integrada no Novobanco. A maioria destes trabalhadores receberá propostas de reforma antecipada, enquanto outros poderão ser convidados a rescindir o contrato por mútuo acordo.
Os sindicatos afirmam ter obtido esclarecimentos da administração da Unicre sobre a situação dos trabalhadores afetados pela transação. Esta informação é crucial, uma vez que a incerteza sobre o futuro dos colaboradores pode gerar ansiedade e descontentamento.
A aquisição do Unibanco pelo Novobanco foi notificada à Autoridade da Concorrência (AdC) no início de novembro. O Unibanco, que pertence à Unicre, é uma instituição financeira que se dedica à concessão de crédito ao consumo e à emissão e gestão de cartões de crédito. Além disso, a Unicre atua na mediação de seguros e na atividade de ‘acquiring’, que envolve a aceitação de pagamentos com cartão.
Com esta aquisição, o Novobanco reforça a sua posição no mercado de crédito ao consumo em Portugal, mas a redução do pessoal levanta questões sobre a estratégia de recursos humanos da instituição. A integração de apenas metade dos trabalhadores pode ser vista como uma medida de contenção de custos, mas também pode afetar a continuidade dos serviços e a qualidade do atendimento ao cliente.
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A situação dos trabalhadores do Unibanco é um reflexo das mudanças que o setor bancário tem enfrentado nos últimos anos, com fusões e aquisições a tornarem-se cada vez mais comuns. O futuro dos colaboradores que não serão integrados no Novobanco permanece incerto, e a resposta da Unicre e do próprio Novobanco será fundamental para mitigar os impactos sociais desta transação.
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Fonte: ECO
