Angola enfrenta um défice orçamental significativo, registando um saldo negativo de 362,92 mil milhões de kwanzas, o que equivale a cerca de 338,3 milhões de euros, no terceiro trimestre deste ano. A informação foi divulgada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, durante uma conferência de imprensa em Luanda, após a reunião do Conselho de Ministros.
Durante o período em análise, Angola arrecadou receitas na ordem de 5,95 biliões de kwanzas, aproximadamente 5,5 mil milhões de euros. Por outro lado, as despesas totalizaram 6,31 biliões de kwanzas, cerca de 5,8 mil milhões de euros. Este desvio entre receitas e despesas resultou num défice orçamental que levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira do país.
Vera Daves de Sousa destacou também que, apesar do défice orçamental, o saldo corrente foi excedentário, atingindo 1,17 biliões de kwanzas, ou pouco mais de mil milhões de euros. Este saldo positivo pode oferecer alguma margem de manobra ao governo angolano, mas não oculta a necessidade de uma gestão financeira mais rigorosa.
Em relação à dívida pública, que inclui tanto a dívida governamental como a das empresas públicas, a ministra informou que se situou em 60,08 biliões de kwanzas, o que corresponde a cerca de 56,6 mil milhões de euros no final do terceiro trimestre. Este valor é um reflexo da pressão financeira que o país enfrenta, especialmente num contexto de flutuações económicas e desafios estruturais.
A análise do Relatório de Execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) será agora submetida à Assembleia Nacional, onde se espera um debate aprofundado sobre as implicações deste défice orçamental e as estratégias a serem adotadas para a sua mitigação.
Leia também: O impacto da dívida pública na economia angolana.
défice orçamental Nota: análise relacionada com défice orçamental.
Leia também: ERC recomenda alargamento de debates eleitorais nas presidenciais
Fonte: Sapo





