O Governo francês intensificou a sua luta contra a venda de produtos ilegais na internet, denunciando seis novas plataformas às autoridades. Esta ação surge na sequência da polémica em torno da Shein, que já havia sido alvo de críticas por comercializar itens ilícitos. O ministro do Comércio, Serge Papin, revelou que cinco das plataformas denunciadas, incluindo AliExpress, Joom, eBay, Temu e Wish, estão a vender produtos que violam a legislação.
De acordo com Papin, a equipa de combate à fraude detetou que tanto o AliExpress como o Joom estavam a comercializar bonecas de pornografia infantil. Além disso, plataformas como Wish, Temu, AliExpress e eBay foram acusadas de vender armas de categoria A, como soqueiras e facões. O ministro também destacou que a Wish, a Temu e a Amazon não estavam a cumprir as suas obrigações de filtrar conteúdos impróprios, como imagens pornográficas envolvendo menores.
“Denunciámos todas as plataformas que oferecem conteúdo ilegal ao Ministério Público em Paris”, afirmou Papin, sublinhando a gravidade da situação. O ministro também confirmou que, em relação à Shein, foi solicitada a sua suspensão judicial e que qualquer plataforma que tenha comercializado itens ilegais enfrentará o mesmo destino.
Além das denúncias, Papin convocou uma reunião com os ministros do Comércio dos Estados-membros da União Europeia para o dia 27 de novembro, com o objetivo de discutir o impacto destas plataformas no comércio dentro da UE. Esta iniciativa surge após a descoberta de que a Shein estava a vender produtos ilícitos, incluindo bonecas sexuais com aparência de meninas e armas de categoria A. Embora a Shein tenha removido todos os produtos ilegais do seu site, a empresa ainda enfrenta processos judiciais em França.
O grupo asiático, fundado em 2012 na China e com sede em Singapura, deverá ser interrogado na próxima terça-feira por parlamentares franceses que fazem parte de uma missão de apuração sobre o controlo de produtos importados para o país. Contudo, a presença da Shein ainda não foi confirmada.
A situação levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas online na venda de produtos e a necessidade de um maior controle por parte das autoridades. A luta contra as plataformas ilegais é um tema cada vez mais relevante no contexto do comércio digital, e a França parece determinada a agir de forma firme nesta matéria.
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Fonte: ECO





