Um estudo recente da Iberinform revela que 70% das empresas portuguesas estão a sofrer grandes impactos negativos devido a atrasos nos pagamentos. Este dado alarmante faz parte da vaga de outono do Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal, realizado em parceria com a Crédito y Caución, que envolveu gestores de cerca de 300 empresas de diversos setores.
Os atrasos nos pagamentos têm um efeito direto nas demonstrações de resultados das empresas. De acordo com o estudo, 38% das empresas reportam um aumento dos custos financeiros como consequência destes atrasos. Além disso, 34% do tecido empresarial vê-se obrigado a abrandar a sua expansão comercial, enquanto 33% limita novos investimentos e 29% enfrenta perdas significativas de rendimento.
A Crédito y Caución explica que o impacto dos incumprimentos é proporcional à margem de lucro das empresas. Por exemplo, uma empresa com uma margem comercial de 10% que enfrenta um incumprimento de 10 mil euros precisa gerar novos negócios no valor de 100 mil euros para compensar a perda. Este cenário torna-se ainda mais crítico num contexto de redução das margens comerciais, impulsionado pelo aumento dos custos de produção e pelas taxas de juro elevadas.
A falta de controlo sobre os atrasos nos pagamentos representa um risco considerável para a atividade empresarial. Num ambiente como o atual, o incumprimento de pagamentos acordados pode criar tensões de liquidez significativas, afetando especialmente as empresas de menor dimensão. Quando uma venda a crédito comercial não é cumprida, a perda para a empresa é equivalente aos custos de produção do produto em questão.
É crucial que as empresas adotem estratégias eficazes para gerir os riscos de incumprimento, especialmente em tempos de incerteza económica. A gestão adequada dos atrasos nos pagamentos pode ser a chave para a sobrevivência e o crescimento das empresas em Portugal.
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atrasos nos pagamentos Nota: análise relacionada com atrasos nos pagamentos.
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Fonte: Sapo





