Nova greve nos portos: trabalhadores avançam com paralisações

Os trabalhadores dos portos em Portugal vão iniciar uma nova greve esta semana, com paralisações intercaladas que se prolongarão até 12 de dezembro. O pré-aviso foi emitido pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias a 8 de novembro, coincidindo com o término da greve anterior.

Esta paralisação resulta de um impasse com o Governo, que está a bloquear a implementação de um acordo assinado no ano passado. O sindicato critica a “posição reiterada e incompreensível” do Ministério das Finanças, que, segundo a organização, impede a execução do acordo celebrado em 18 de dezembro de 2022 entre o sindicato e as administrações portuárias.

A greve, que contará com serviços mínimos, está agendada para os dias 21, 22, 25, 26, 28 e 29 de novembro, assim como 2, 3, 4, 9, 12 e 13 de dezembro. Os portos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, bem como as operações de navios de mercadorias com origem ou destino a estes arquipélagos, não serão afetados.

António Belmar da Costa, presidente da Associação dos Agentes de Navegação de Portugal, expressa a sua preocupação em relação a esta nova greve, sublinhando que se trata de uma questão de imagem e reputação para os portos. “Os armadores vão-se afastando cada vez mais, e depois vai ser complicado retomar”, alerta.

Na sequência da última greve, que não teve um balanço oficial dos impactos, Belmar da Costa estima que “pelo menos 30 ou 40 escalas foram canceladas”, principalmente cruzeiros. “Os navios de mercadorias, se não vêm amanhã, vêm à tarde”, explica. O responsável destaca o “impacto significativo” que estas paralisações têm, estimando que os efeitos diretos e indiretos possam ascender a milhões de euros.

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Ele refere ainda que a paralisação afeta essencialmente os serviços de lanchas, que transportam pilotos para os navios, e que, com a greve, “deixam de acontecer e paralisam completamente o porto”. Para a nova greve, caso não haja um acordo, Belmar da Costa prevê “mais escalas canceladas” e uma imagem de falta de credibilidade dos portos portugueses. “É uma paralisação que não hipoteca só o presente, mas também o futuro”, acrescenta, lembrando que nos últimos dez anos já houve “pelo menos 20 ou 30 pré-avisos de greve”.

O presidente da AGEPOR também critica o Governo, recordando que havia um entendimento entre as administrações portuárias e o sindicato, com a “benção da tutela”. No entanto, parece que as Finanças não estão a apoiar o Ministério das Infraestruturas. “O Governo tem de falar a uma só voz”, conclui Belmar da Costa.

Leia também: A importância da comunicação entre o Governo e os sindicatos.

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Fonte: Sapo

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