A China anunciou a proibição temporária da navegação em partes do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para a realização de exercícios militares. A Administração de Segurança Marítima (MSA) fez o aviso público no sábado, 15, informando que os exercícios incluirão o uso de munições reais no centro do Mar Amarelo, uma área estratégica situada entre a China e a Península Coreana.
Esta decisão surge num contexto de tensões crescentes entre Pequim e Tóquio. A primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, fez declarações que sugerem que um ataque a Taiwan poderia justificar a intervenção das Forças de Autodefesa do Japão. A China não tardou a reagir, convocando o embaixador japonês em Pequim e alertando que as consequências para o Japão seriam “dolorosas”.
O Ministério da Defesa da China classificou as declarações de Takaichi como “extremamente perigosas” e uma “grave interferência” nos assuntos internos do país. Além disso, o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu um alerta, desaconselhando viagens ao Japão devido à deterioração do ambiente de segurança.
Em resposta a esta situação, as principais companhias aéreas chinesas, como a Air China, China Southern e China Eastern, anunciaram que irão reembolsar totalmente os voos com destino ao Japão. Esta medida aplica-se a todos os voos agendados entre hoje e 31 de dezembro, permitindo que os clientes optem pelo reembolso total ou pela alteração do destino da sua viagem.
A proibição da navegação no Mar Amarelo e as tensões entre a China e o Japão são um reflexo das complexas dinâmicas geopolíticas na região. As autoridades chinesas parecem estar a intensificar a sua postura militar, o que levanta preocupações sobre a segurança regional e as implicações económicas para os países envolvidos.
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Mar Amarelo Mar Amarelo Nota: análise relacionada com Mar Amarelo.
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Fonte: Sapo





