Novas espécies descobertas no recife do Algarve

Uma recente expedição científica, realizada entre 2 e 7 de outubro, ao Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado, revelou um ecossistema de extraordinária riqueza. Os investigadores identificaram um total de 206 espécies, das quais mais de 40 são novos registos para esta área protegida. Esta descoberta sublinha a importância de monitorizar e proteger o recife do Algarve.

Os dados ainda estão a ser analisados, mas os cientistas confirmaram a presença de 137 invertebrados, 41 peixes, 13 algas, 12 aves marinhas e 3 cetáceos. A Fundação Oceano Azul, o Oceanário de Lisboa e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve destacam que estes resultados são cruciais para o desenvolvimento de estratégias de gestão pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), garantindo a proteção efetiva desta Área Marinha Protegida.

O Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado, criado em janeiro de 2024, é a primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário em Portugal Continental. Este projeto resultou de um processo participativo que envolveu pescadores, cientistas, autarquias e cidadãos, todos unidos pelo objetivo de proteger o oceano. Este modelo de governança partilhada tem sido uma referência, demonstrando como iniciativas locais podem influenciar políticas públicas.

Um dos pontos altos da expedição foi a identificação do banco de rodólitos, um habitat de algas calcárias, que é o único conhecido em Portugal Continental. Este ecossistema é vital para a retenção de carbono e o equilíbrio do oceano. As observações indicam que, apesar da sua vulnerabilidade às alterações climáticas, o banco se mantém saudável e funcional. Mesmo após a morte dos organismos, o carbono continua armazenado, reforçando a importância deste habitat na mitigação das alterações climáticas.

Leia também  Organização de documentação: essencial para resolver litígios

No entanto, os investigadores também notaram o desaparecimento das pradarias marinhas anteriormente identificadas na zona, um sinal preocupante que pode estar relacionado com a proliferação da alga invasora asiática Rugulopterix okamurae. Por outro lado, os jardins de gorgónias apresentaram um bom estado ecológico, com o registo de novas espécies de profundidade e de corais duros pela primeira vez nesta área.

A riqueza do recife do Algarve é um testemunho da biodiversidade marinha e da necessidade urgente de proteção e conservação. Leia também: a importância das áreas marinhas protegidas para a biodiversidade.

recife do Algarve Nota: análise relacionada com recife do Algarve.

Leia também: Stemmatters conquista prémio da Merck e reforça colaboração

Fonte: Sapo

Não percas as principais notícias e dicas de Poupança

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top