A nova Loja do Cidadão Virtual, lançada esta semana, promete facilitar a vida dos cidadãos e das empresas, oferecendo 150 serviços online. Desde a renovação do Cartão de Cidadão até a abertura de estabelecimentos como funerárias ou sex shops, a plataforma digital visa reduzir o tempo de espera e as deslocações.
Na quinta-feira, o ECO testou a plataforma logo após o seu lançamento. Inicialmente, alguns serviços apresentaram erros, especialmente os relacionados com a carta de condução e a consulta de multas. Contudo, à tarde, a maioria das funcionalidades já estava a funcionar corretamente, permitindo, por exemplo, consultar os pontos acumulados na carta de condução. No entanto, ainda foram notados erros de digitação, como a palavra “processo” escrita incorretamente.
Para aceder à Loja do Cidadão Virtual, é necessário ter a Chave Móvel Digital, que está ligada ao número de telemóvel do utilizador. A plataforma é intuitiva e permite que os cidadãos escolham o serviço desejado a partir de um extenso leque de opções. Por exemplo, ao tentar iniciar o processo para abrir uma agência funerária, o utilizador é rapidamente direcionado para o formulário adequado, com alguns campos preenchidos automaticamente com informações já disponíveis para o Estado.
Um dos pontos a destacar é que a autenticação é necessária sempre que se acede a um serviço, o que implica realizar um login com um código enviado por SMS. Embora esta medida aumente a segurança, pode tornar-se cansativa para quem utiliza frequentemente a plataforma.
A Loja do Cidadão Virtual, desenvolvida pela Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE), oferece uma navegação fácil e rápida. Entre os serviços disponíveis, os cidadãos podem alterar a morada do Cartão de Cidadão, ativar certificados de autenticação e assinatura digital, ou até registar um nascimento. A plataforma também permite iniciar processos de casamento de forma totalmente digital.
Para as empresas, a Loja do Cidadão Virtual disponibiliza 131 serviços, que vão desde alterações no nome ou sede da empresa até a gestão de capital social e registo de órgãos sociais. Este avanço digital simplifica processos que antes exigiam deslocações a lojas físicas, tornando a gestão empresarial mais eficiente.
Além disso, a plataforma permite registar diversos tipos de estabelecimentos e até obter o reconhecimento de startups. A possibilidade de abrir uma sex shop ou uma lavandaria de forma digital é um exemplo de como a administração pública está a modernizar-se para acompanhar as necessidades do mercado.
O ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, sublinhou que a criação da Loja do Cidadão Virtual é uma resposta às longas filas e à dificuldade de acesso aos serviços físicos. Esta iniciativa é parte de uma estratégia mais ampla do Governo para digitalizar e modernizar a Administração Pública. Para saber mais sobre as funcionalidades da plataforma, leia também: “Como a digitalização está a transformar os serviços públicos”.
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Fonte: ECO





