Inteligência artificial transforma gestão de condomínios em Portugal

A Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC) reuniu mais de 180 profissionais na II Convenção dos Condomínios, que teve lugar a 14 de novembro em Leça da Palmeira. O evento, coorganizado com a Improxy, promotora do software Gecond, focou na evolução tecnológica e no papel crescente da inteligência artificial (IA) na gestão de condomínios em Portugal.

A digitalização do setor é uma prioridade para as empresas e profissionais, que reconhecem na tecnologia, e em particular na IA, uma oportunidade para modernizar e melhorar a transparência dos serviços prestados. Durante a convenção, especialistas de diversas áreas, incluindo administração de condomínios, direito, seguros e tecnologia, discutiram como a IA e outras ferramentas digitais podem aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos edifícios.

José Vale, CEO da Improxy, apresentou várias funcionalidades de IA já implementadas no setor, como assistentes virtuais disponíveis 24 horas por dia, criação automática de ocorrências, traduções, geração de conteúdos, reconciliação bancária automática e elaboração de orçamentos baseados em análises de anos anteriores. Segundo Vale, “a IA acelera processos, reduz erros e liberta tempo para o que realmente importa: a estratégia, o crescimento e a satisfação dos condóminos”. No entanto, ele enfatizou que todas as operações ainda requerem validação humana.

O presidente do Conselho Diretivo do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) anunciou que está a ser preparado um projeto de regulação da atividade de administração de condomínios. Este projeto visa valorizar a profissão e promover uma gestão sustentável dos edifícios, que acompanham toda a vida útil de um imóvel.

Na sessão de abertura, Vítor Amaral, presidente da APEGAC, destacou que “o futuro da gestão de condomínios é inovar, mas com qualidade, ética, responsabilidade e segurança”. Ele reforçou que a IA permitirá “fazer mais e melhor com os mesmos recursos humanos, automatizando tarefas e melhorando o serviço prestado”.

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Paulo Alexandre, Senior Advisor da Inhouse Digital e fundador da Improxy, alertou que a evolução tecnológica levará ao uso de software cada vez mais completo e centralizado, especialmente na manutenção preditiva. “Ou aderem ou ficam para trás”, afirmou, acrescentando que “a IA não substitui o humano, não tem sentimentos; o objetivo é simplificar processos, mantendo sempre a decisão humana”.

Miguel Franco, da Schmitt+Sohn, destacou a importância dos sensores e da análise preditiva na segurança e longevidade dos elevadores, mesmo os mais antigos. Pedro Correia, por sua vez, salientou que a IA permitirá uma gestão mais proativa, diminuindo a dependência de respostas reativas.

Por fim, no painel sobre legislação, banca e seguros, Maria dos Anjos Guerra, advogada especialista em propriedade horizontal, abordou os desafios da integração tecnológica no cumprimento legal. Vítor Amaral alertou que “a tecnologia evolui mais rápido do que a lei”, sublinhando a necessidade de regular questões como câmaras inteligentes, proteção de dados e eventuais erros gerados por IA.

Leia também: O impacto da digitalização no setor imobiliário.

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Fonte: Sapo

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