O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, anunciou em Washington um aumento significativo dos investimentos sauditas nos Estados Unidos, que ascendem a quase um bilião de dólares, ou seja, mais de 860 mil milhões de euros. Este compromisso foi revelado durante uma reunião na Casa Branca com o Presidente norte-americano, Donald Trump, onde se discutiu a ampliação do investimento já previsto de cerca de 600 mil milhões de dólares (518 mil milhões de euros) em áreas como a tecnologia e a inteligência artificial.
A recepção ao príncipe saudita foi marcada por honras de Estado, refletindo a importância da visita. Esta é a primeira deslocação de Bin Salman aos EUA desde 2018, um ano marcado pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, um caso que continua a ser uma sombra sobre as relações entre os dois países.
Durante o encontro, Mohammed bin Salman referiu que o assassinato de Khashoggi foi um “grande erro” e assegurou que as autoridades sauditas estão a tomar medidas para evitar que incidentes semelhantes voltem a ocorrer. “É doloroso, é um grande erro e estamos a fazer tudo o que podemos para garantir que não volta a acontecer”, afirmou o príncipe na Sala Oval.
Donald Trump, por sua vez, defendeu Bin Salman das acusações da CIA, que apontam para a sua responsabilidade no crime. O presidente norte-americano minimizou a gravidade das questões relacionadas com Khashoggi, afirmando que “ele não sabia de nada” e que não era necessário embaraçar o convidado com perguntas sobre o assunto. Trump descreveu Khashoggi como uma figura “extremamente controversa”, sugerindo que a sua morte não deveria ofuscar a relação estratégica entre os EUA e a Arábia Saudita.
As organizações de direitos humanos, como a Amnistia Internacional, têm criticado a situação dos direitos humanos na Arábia Saudita, especialmente com o aumento das execuções e da repressão à liberdade de expressão. A CIA concluiu que Mohammed bin Salman teve um papel central no assassinato de Khashoggi, embora o príncipe tenha sempre negado qualquer envolvimento.
O encontro entre Bin Salman e Trump incluiu uma cerimónia com salvas de canhões, um desfile de cavalos e um sobrevoo de caças F-35, que a Arábia Saudita pretende adquirir. Espera-se que a reunião leve à finalização de investimentos previamente anunciados, além de discutir a cooperação em energia nuclear para fins civis e potenciais vendas de armamento.
A visita, embora não oficialmente classificada como uma visita de Estado, foi tratada com a formalidade que caracteriza este tipo de encontros, refletindo a importância das relações entre os dois países. A relação entre a Arábia Saudita e os EUA tem sido complexa, especialmente após a mudança de administração em Washington, mas o encontro atual parece reforçar a intenção de ambos os lados em manter uma aliança forte.
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Fonte: ECO





