A taxa de aprovação de Donald Trump caiu para um mínimo histórico de 38%, o mais baixo desde que regressou ao poder. Esta descida acentuada está relacionada com o caso de Jeffrey Epstein, um pedófilo condenado que já faleceu, e a ligação que mantinha com o ex-presidente. Além disso, as preocupações económicas também pesaram na avaliação dos inquiridos.
Os dados são de uma sondagem realizada pela Reuters/Ipsos, divulgada na semana em que a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou a divulgação dos documentos relacionados com a investigação a Epstein. Comparando com a sondagem anterior, Trump viu a sua taxa de aprovação descer dois pontos percentuais.
Apesar de ter tentado travar a divulgação dos ficheiros, Trump não conseguiu evitar que a congressista Marjorie Taylor Greene, que inicialmente era uma fervorosa apoiadora, se tornasse uma crítica acérrima. Greene, após meses de pressão, conseguiu que os documentos fossem tornados públicos.
No início do seu segundo mandato, em janeiro, Trump tinha uma taxa de aprovação de 47%. Desde então, a sua popularidade caiu nove pontos, aproximando-se dos níveis mais baixos do seu primeiro mandato, que atingiram 33%, e dos ratings de Joe Biden, que chegaram a 35%.
A análise das políticas de Trump revela que os inquiridos consideram que o custo de vida piorou significativamente desde que ele assumiu o cargo, com uma queda de 39% na avaliação desse tema. A economia também foi penalizada, com uma descida de 24%, enquanto a imigração teve uma redução de 10%. No total, as taxas de aprovação das suas políticas caíram 22%, resultando numa diferença de 20 pontos negativos.
Marjorie Taylor Greene voltou a criticar Trump esta semana, afirmando que foi chamada de traidora por um homem que apoiou durante seis anos. Em declarações feitas em frente ao Capitólio, Greene disse que lutou por Trump e pelas suas políticas, mas que não podia ignorar as vítimas de Epstein.
Os ficheiros Epstein, que revelam a extensão da rede de pedofilia que envolvia o falecido financeiro, contêm nomes de clientes, muitos dos quais são figuras públicas. A relação de amizade entre Trump e Epstein tem sido alvo de especulação, com muitos a questionarem se Trump estava ciente ou envolvido nas atividades ilegais de Epstein.
A base de apoio de Trump, o movimento MAGA (Make America Great Again), tem pressionado pela divulgação dos ficheiros, especialmente após Trump ter promovido teorias de conspiração sobre o caso, envolvendo até o ex-presidente Bill Clinton. Em 2010, Epstein, sob juramento, afirmou ter socializado com Trump, mas não respondeu a perguntas sobre se esteve com ele na presença de menores.
Os críticos de Trump acusam-no de tentar desviar a atenção do caso Epstein, mas sem sucesso. Entre as suas manobras, o ex-presidente atacou Barack Obama e divulgou relatórios do FBI, mas a pressão em torno dos ficheiros continua a crescer. “Trump tem um medo de morte dos ficheiros Epstein”, afirmou o ex-congressista Joe Walsh.
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Fonte: Sapo





