O ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, manifestou a sua confiança no sistema da “via verde da imigração”, mas reconheceu que o Governo está disposto a “recalibrar” o programa para aumentar a sua eficácia. Nos últimos seis meses, apenas 800 vistos foram emitidos, enquanto a procura por mão-de-obra por parte dos empregadores atinge os 100 mil imigrantes anuais.
Durante uma entrevista ao programa “Hora da Verdade”, do jornal Público e da Rádio Renascença, Amorim admitiu que os resultados iniciais do programa não corresponderam às expectativas. “Reconhecemos que, eventualmente, aqueles resultados iniciais não são exatamente os que estávamos à espera, mas acreditamos no sistema e acreditamos que vai acabar por funcionar”, afirmou.
O governante sublinhou que, se necessário, o Executivo fará ajustes para melhorar a situação. “Se for preciso recalibrar esse sistema, com certeza o Governo o fará”, garantiu. Esta declaração surge num momento em que a necessidade de mão-de-obra qualificada em Portugal se torna cada vez mais premente.
Carlos Abreu Amorim também comentou a proposta do Partido Socialista (PS) para introduzir uma nova possibilidade de visto de trabalho, considerando-a “prematura”. “Foi uma mera declaração de intenções”, disse, acrescentando que as soluções atualmente em vigor estão preparadas para funcionar. No entanto, reconheceu que “às vezes, como é normal, o motor custa a aquecer”.
O ministro deixou claro que o Governo está “aberto a qualquer sugestão que seja construtiva”, mas reforçou a necessidade de dar tempo ao sistema para que possa mostrar resultados. A “via verde da imigração” é uma iniciativa que visa facilitar a entrada de trabalhadores estrangeiros em Portugal, mas a sua implementação ainda enfrenta desafios.
Leia também: A importância da imigração para o crescimento económico em Portugal.
via verde da imigração via verde da imigração via verde da imigração Nota: análise relacionada com via verde da imigração.
Leia também: Governo vai “recalibrar” via verde da imigração após fracas emissões
Fonte: ECO
