A Cushman & Wakefield (C&W) anunciou que recebeu várias propostas de investidores, tanto nacionais como internacionais, para a aquisição do património da Nexponor, que inclui o parque de exposições Exponor, localizado em Matosinhos. O prazo para a apresentação de propostas terminou esta quinta-feira, e a consultora imobiliária confirmou que as ofertas superaram as expectativas iniciais definidas em conjunto com a Insula Capital.
Embora a C&W não tenha revelado o número exato de propostas ou os valores envolvidos, a consultora expressou otimismo quanto ao desfecho do processo, prevendo que a conclusão ocorra na primeira metade do próximo ano. O património da Nexponor não se limita apenas ao parque de exposições, que inclui pavilhões de feiras, um centro de congressos e um edifício de serviços, mas também abrange dois lotes de terreno com uma área total de 180 mil metros quadrados em Leça da Palmeira, que estão destinados à promoção imobiliária.
Em abril do ano passado, a Câmara de Matosinhos já havia aprovado um Pedido de Informação Prévia (PIP) para um grande projeto que visa a modernização da Exponor e a construção de um empreendimento de uso misto, que incluirá serviços, comércio, turismo e habitação, com uma área bruta de construção superior a 177 mil metros quadrados.
Manuel Magalhães, responsável pelo desenvolvimento na Cushman & Wakefield, destacou que a localização privilegiada, próxima ao Porto de Leixões e ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, torna este investimento numa oportunidade de elevada rentabilidade. A forte procura por espaços corporativos, turísticos e residenciais na Área Metropolitana do Porto também contribui para o interesse em torno da Exponor.
Florence Ricou, CEO da Insula Capital, referiu que este ativo representa uma oportunidade excecional para investidores que queiram entrar ou reforçar a sua presença no mercado português. O projeto, pela sua dimensão e potencial transformador, promete criar uma nova centralidade junto à cidade do Porto, com impactos positivos a nível económico, social e ambiental.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP), liderada por Luís Miguel Ribeiro, mantém um contrato de arrendamento para explorar o parque de exposições até 2028 e manifestou interesse em encontrar uma solução para o espaço, que já acolheu mais de 900 feiras e 13 milhões de visitantes desde a sua inauguração em 1987. Ribeiro, que foi reeleito para um novo mandato, expressou a intenção de que a Exponor volte a ser propriedade da AEP, que já enfrentou dificuldades financeiras significativas no passado.
A constituição do fundo Nexponor, que atualmente detém os terrenos e instalações da Exponor, foi uma parte essencial do plano de reestruturação financeira da AEP, aprovado em 2013, que permitiu à associação aliviar o seu passivo bancário.
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Fonte: ECO





