De acordo com o mais recente Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), quase 40% da população portuguesa com idades entre os 16 e 74 anos utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA) entre maio e agosto de 2025. Este estudo, divulgado na passada sexta-feira, revela que 38,7% das pessoas recorreram a estas tecnologias, principalmente para obter respostas, criar textos, imagens, códigos de programação e vídeos.
Pela primeira vez, o inquérito incluiu questões sobre a utilização de IA, e os resultados mostram que 33,2% dos inquiridos utilizaram estas ferramentas para fins pessoais, enquanto 19,9% o fizeram em contexto profissional e 14,5% para fins educativos. Em contraste, apenas 11,5% das empresas em Portugal afirmaram usar IA em 2025, um número que evidencia uma disparidade significativa entre o uso individual e empresarial.
A análise dos dados revela que a utilização de IA é mais frequente entre os jovens e estudantes. Entre os jovens dos 16 aos 24 anos, a taxa de utilização sobe para 76,5%, e entre os estudantes, atinge 81,5%. Nos grupos etários até aos 44 anos, a adesão à IA também é superior à média nacional, com 62,6% entre os 25 e 34 anos e 52,3% entre os 35 e 44 anos. Além disso, a utilização de IA é mais elevada entre a população empregada (43,3%) e aqueles com ensino superior (63,4%) ou secundário (44,9%). Os agregados familiares com rendimentos mais altos destacam-se, com 45,3% no 4.º quintil e 55,4% no 5.º quintil. Em termos de género, 39,8% dos homens utilizam ferramentas de IA, ligeiramente acima dos 37,7% das mulheres.
Geograficamente, a Grande Lisboa lidera a utilização de IA, com 48,4%, seguida pela Península de Setúbal (45,9%) e Algarve (39,7%). Por outro lado, o Alentejo apresenta a menor taxa de utilização do país, com apenas 28,3%.
Para aqueles que ainda não utilizam IA, a principal razão apontada é a falta de necessidade, com 67,9% a referir este motivo. Outros fatores incluem a falta de conhecimentos (15,3%) e preocupações com privacidade ou segurança (8,3%). Apenas 4,5% dos inquiridos indicaram desconhecimento das ferramentas como razão para não as utilizar.
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Fonte: ECO





