A Europa tem enfrentado desafios constantes ao longo da sua história, especialmente em relação às tensões internas entre as suas nações. A II Guerra Mundial foi um marco que não só resultou em destruição massiva, mas também alterou profundamente o panorama geopolítico e económico do continente. Desde então, a Europa tem vivido sob a proteção dos Estados Unidos, que, após a entrada na guerra, assumiram um papel crucial na manutenção da paz na região.
O Plano Marshall foi um dos pilares que permitiu o relançamento económico europeu, enquanto a NATO surgiu como uma aliança de defesa colectiva, transferindo para os EUA a maior parte do esforço financeiro e militar necessário para a defesa da Europa. Este movimento permitiu que os países europeus se concentrassem na integração económica e política, culminando na criação da União Europeia. Apesar das suas imperfeições, este modelo tem sido um exemplo de sucesso na promoção da paz, evitando conflitos durante 80 anos.
Contudo, a relação da Europa com a Rússia sempre foi complexa. A falta de fronteiras naturais que protejam o Ocidente e a história de expansão da Rússia imperial criaram um ambiente de tensão. A invasão da Ucrânia pela Rússia é um reflexo dessas ambições expansionistas, que têm gerado preocupações em toda a Europa.
Recentemente, a situação tornou-se ainda mais crítica, uma vez que a Europa não pode contar com o apoio incondicional dos EUA como antes. Os Estados Unidos, cansados do seu papel de “polícia do mundo”, têm vindo a redirecionar a sua atenção para os próprios problemas internos. Este afastamento tem permitido à Rússia agir com mais liberdade, como demonstrado pela ocupação da Crimeia e pela agressão a outras regiões da Ucrânia.
O que se discute agora em Genebra é alarmante. Entre os “28 pontos” discutidos, há rumores de que se considerou a possibilidade de a Ucrânia ceder territórios à Rússia, incluindo áreas que não estão sob ocupação. Esta mudança de perspectiva sobre a guerra de conquista, antes considerada inaceitável, levanta questões sobre o futuro da defesa da Europa.
A União Europeia está ciente de que estas discussões podem moldar o seu futuro. Os Estados-Membros precisam de ponderar a necessidade de reforçar a integração, transferindo mais soberania para a União em questões de defesa e segurança. É imperativo rever os mecanismos de decisão e garantir um funcionamento democrático e transparente, respeitando a representação nacional.
A defesa da Europa é uma questão que exige uma abordagem colectiva e estratégica. A situação atual exige que os países europeus se unam e preparem um plano robusto para garantir a segurança e a estabilidade no continente. Leia também: O impacto da integração europeia na segurança regional.
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Fonte: Sapo





