De acordo com dados recentes do Eurostat, três quartos da população portuguesa, ou seja, 74%, vive em casa própria. A maioria destes lares são moradias, que representam 51% das habitações. Em média, cada habitante tem à sua disposição 1,7 assoalhadas e as casas são ocupadas por cerca de 2,4 pessoas.
No entanto, a situação de aquecimento das casas em Portugal levanta preocupações. O Eurostat revela que 15,7% dos portugueses não conseguem aquecer convenientemente os seus lares, um valor significativamente superior à média da União Europeia, que se cifra em 9,2%. Este é o quarto maior índice na Europa, apenas superado por países como a Bulgária e a Grécia, ambos com 19%, e a Lituânia, com 18%. Em contrapartida, na Finlândia, apenas 2,7% da população enfrenta dificuldades de aquecimento.
A análise do Eurostat também indica que, em termos de lotação, 11% dos portugueses vivem em casas sobrelotadas, enquanto a média na União Europeia é de 17%. Este dado coloca Portugal numa posição mais favorável em comparação com outros Estados-membros.
A situação habitacional na Europa apresenta contrastes. Na Alemanha, por exemplo, a maioria da população (53%) reside em casas arrendadas, seguida pela Áustria (46%) e Dinamarca (39%). Por outro lado, a Roménia destaca-se como o país com a maior taxa de proprietários, com 94% da população a viver em casa própria, seguida pela Eslováquia (93%) e Hungria (92%).
Em termos de tipologia de habitação, as moradias são as mais comuns em dois terços dos Estados-membros da UE. A Irlanda lidera esta categoria, com 90% das habitações a serem moradias, seguida pela Bélgica e Países Baixos, ambas com 77%. Em contraste, os apartamentos são a escolha preferida em países como Espanha (65%), Letónia (64%) e Malta (63%).
A taxa de ocupação nas habitações varia bastante entre os 27 Estados-membros. Em 2024, a Eslováquia registou a maior taxa, com 3,1 pessoas por casa, seguida pela Polónia (2,9) e pela Croácia e Irlanda (2,7). Em contrapartida, países como a Roménia apresentam uma elevada percentagem de casas sobrelotadas, com 41% da população a viver em tais condições.
Leia também: A evolução do mercado imobiliário em Portugal.
casa própria casa própria casa própria Nota: análise relacionada com casa própria.
Leia também: Aumento de 2% nos escalões do IMT em 2026 e isenção para jovens
Fonte: ECO
