UE pede regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau

A União Europeia (UE) expressou a sua preocupação em relação à situação política na Guiné-Bissau, após um golpe militar que ocorreu na quarta-feira. O bloco comunitário pediu um “regresso célere à ordem constitucional” e apelou à contenção para evitar um aumento da violência no país.

Num comunicado divulgado 24 horas após a Lusa ter solicitado um comentário sobre os acontecimentos, a UE sublinhou que está a acompanhar de perto os desenvolvimentos na Guiné-Bissau. O apelo da UE enfatiza a importância de retomar o processo eleitoral, que estava na fase final de contagem dos votos. “Os resultados das eleições presidenciais e legislativas devem ser respeitados por todas as partes”, afirmou a União Europeia.

Além disso, a UE instou todas as partes envolvidas a absterem-se de ações violentas e a respeitarem os direitos fundamentais e as liberdades de todos os indivíduos detidos de forma extrajudicial. Este pedido surge num contexto em que o general Horta Inta-A foi empossado como Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia realizada no Estado-Maior General das Forças Armadas do país. Esta tomada de posse ocorreu um dia após os militares terem tomado o poder, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais realizadas a 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, a suspensão do processo eleitoral e a imposição de um recolher obrigatório, além de terem encerrado os órgãos de comunicação social. As eleições, que decorreram sem incidentes, contaram com a ausência do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, que foi excluído da disputa. Este partido declarou apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

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Simões Pereira foi detido, e a oposição denuncia a tomada de poder pelos militares como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais. A situação na Guiné-Bissau continua a ser monitorizada pela comunidade internacional, que espera um desfecho pacífico e a restauração da ordem constitucional.

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Fonte: Sapo

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