O presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Benjamim Pereira, afirmou que não existem atrasos nos pagamentos dos apoios à habitação. Apesar de reconhecer algumas dificuldades no atendimento ao público, devido a sistemas obsoletos e à falta de recursos humanos, Pereira garante que os programas estão a funcionar conforme o previsto.
Em entrevista ao Expresso, o presidente destacou que iniciativas como o Porta 65, que apoia jovens até 35 anos, estão a cumprir os prazos legais estabelecidos. No que diz respeito ao Apoio Extraordinário à Renda (PAER), Pereira mencionou que alguns beneficiários ainda não receberam apoio, mas isso se deve a “incongruências” nos dados, que já estão a ser corrigidas.
Para melhorar o atendimento, o IHRU está a implementar um sistema de senhas e planeia restabelecer o serviço telefónico até ao final de 2025. Esta medida visa orientar os cidadãos de forma mais eficaz, facilitando o acesso aos apoios à habitação. O presidente enfatizou a importância de futuras parcerias com os espaços do cidadão, bem como a necessidade de capacitação tecnológica e humana, com o intuito de esclarecer os beneficiários e agilizar a resolução de problemas, especialmente no que toca ao PAER, que abrange cerca de 200 mil pessoas.
Além da gestão dos apoios à habitação, o IHRU também é responsável pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que prevê a construção de cerca de 150 mil fogos até 2030. Contudo, Benjamim Pereira admitiu que Portugal ainda está longe de atingir os 5% de parque habitacional público que se propôs, prevendo-se que o aumento proporcionado pelas casas do PRR eleve a percentagem de 2,5% para pouco mais de 3,5%. Esta situação reforça a necessidade de um trabalho estrutural de longo prazo para resolver as questões habitacionais no país.
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Fonte: ECO
