Libertação de agentes israelitas após execuções na Cisjordânia

Três agentes da Guarda de Fronteira israelita foram libertados após um interrogatório de oito horas sobre o seu suposto envolvimento na execução de dois palestinianos desarmados na Cisjordânia. O incidente, que ocorreu na quinta-feira, foi registado em vídeo e gerou uma onda de indignação.

Os agentes estão agora proibidos de contactar outras pessoas relacionadas com o caso, segundo informações do portal de notícias Ynet. A advogada dos suspeitos, Sharon Nahari, defende que os agentes “agiram de acordo com as instruções legais”, alegando que sentiram que as suas vidas estavam em perigo e, por isso, abriram fogo.

O vídeo mostra dois homens a saírem de um edifício em Jenin, no norte da Cisjordânia, onde se encontram de joelhos, com as mãos na nuca, rodeados por homens armados. Seguem-se vários disparos, e os detidos, que não apresentavam resistência, ficam imóveis no chão.

A organização de direitos humanos B’Tselem identificou as vítimas como Yusef Asasah, de 39 anos, e al-Muntaser Belah Abdalah, de 26. O exército israelita confirmou que está a investigar o incidente, alegando que as vítimas pertenciam a uma “rede terrorista”. Durante a operação em Jenin, as tropas israelitas cercaram um edifício onde se encontravam “indivíduos procurados” e iniciaram um procedimento de rendição.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, criticou o interrogatório dos agentes, considerando-o um “procedimento distorcido” contra aqueles que lutam “contra inimigos e assassinos”. Em contrapartida, a diretora da B’Tselem, Yuli Novak, lamentou a falta de mecanismos em Israel para impedir o assassinato de palestinianos e pediu à comunidade internacional que exigisse responsabilização.

A Autoridade Palestiniana anunciou a morte de dois homens, de 26 e 37 anos, devido a disparos israelitas em Jenin, e condenou o que chamou de “crime hediondo de execução sumária”. O ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano classificou o incidente como um “crime de guerra” e uma violação das leis internacionais.

Leia também  Jornal Económico: principais notícias em um minuto

O grupo islamita Hamas também condenou as execuções na Cisjordânia, afirmando que refletem um “total desprezo pelo sangue palestiniano”. A escalada de violência na Cisjordânia tem aumentado desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a 7 de outubro de 2023, com mais de mil palestinianos mortos em ataques atribuídos ao exército israelita e colonos judeus.

Os dados das Nações Unidas revelam que outubro de 2023 registou o maior número de ataques de colonos na Cisjordânia desde 2006, coincidindo com a campanha de colheita de azeitonas. Este contexto de violência e tensão continua a afetar a vida da população palestiniana, levantando preocupações sobre a situação humanitária na região.

Leia também: O impacto da escalada de violência na economia da Cisjordânia.

execuções na Cisjordânia execuções na Cisjordânia execuções na Cisjordânia execuções na Cisjordânia Nota: análise relacionada com execuções na Cisjordânia.

Leia também: Movimentos estratégicos para o seu portfólio até 2026

Fonte: Sapo

Não percas as principais notícias e dicas de Poupança

Não enviamos spam! Leia a nossa política de privacidade para mais informações.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top