Na 14.ª Convenção Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, a candidata presidencial apoiada pelo partido, fez um forte apelo à união da esquerda e à defesa das utopias. Em Lisboa, durante o segundo dia do evento, Martins criticou aqueles que lucram com o atual sistema de exploração e que desvalorizam as utopias como algo perigoso. “É um perigo para quem ganha com o sistema da máxima exploração em que vivemos”, afirmou.
Catarina Martins destacou a importância de ouvir e juntar forças para combater a exploração e a indecência. “O lucro máximo espezinha muitas vidas”, disse, sublinhando que a verdadeira força da esquerda reside na solidariedade e na empatia. Para a candidata, é fundamental dar a mão a quem tropeça e criar uma sociedade mais justa e solidária, conforme preconizado no artigo 1º da Constituição da República Portuguesa.
Martins também fez uma crítica direta aos “rufias indecentes do parlamento”, referindo-se ao partido Chega, e defendeu que o país deve trabalhar para garantir educação para todas as crianças, sem discriminação. “O país que somos não escolhe que crianças querem empurrar para fora da escola”, afirmou, enfatizando a necessidade de um compromisso coletivo para a inclusão.
A candidata a Belém apelou ainda à reinvenção da democracia e do país, afirmando que o modelo atual não falhou, mas sim o caminho para lá chegar. “Façamos de novo, pois. Reinventar a democracia. Reinventar o país”, reiterou, convidando todos a aprender e a multiplicar o melhor que somos.
No final do seu discurso, Catarina Martins expressou gratidão à coordenadora cessante, Mariana Mortágua, e desejou boa sorte a José Manuel Pureza, que deverá ser consagrado como o novo coordenador nacional do BE. “Sorte a nossa ter quem sabe falar do marxismo com o Papa Francisco”, elogiou, destacando a importância de ter vozes que promovam a paz em tempos difíceis.
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Catarina Martins Catarina Martins Nota: análise relacionada com Catarina Martins.
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Fonte: Sapo
