Um recente relatório do Conselho de Finanças Públicas (CFP) revela que as empresas não financeiras do Estado enfrentaram um agravamento significativo dos prejuízos em 2022. O total de prejuízos aumentou em 546 milhões de euros, atingindo a cifra alarmante de 1.312 milhões de euros. Este cenário é preocupante, especialmente considerando que, apesar do aumento dos prejuízos das empresas do Estado, alguns indicadores financeiros, como os rácios de autonomia e solvabilidade, mostraram melhorias.
As Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foram as principais responsáveis por este resultado negativo, contribuindo com 1,7 mil milhões de euros para o total de prejuízos. Esta situação levanta questões sobre a sustentabilidade financeira do SNS e a sua capacidade de continuar a prestar serviços essenciais à população.
O relatório do CFP, intitulado ‘Sector Empresarial do Estado (SEE) e Regional 2023-2024’, apresenta pela primeira vez uma análise conjunta das empresas do setor financeiro e não financeiro, permitindo uma visão mais abrangente da situação económica das entidades públicas. A inclusão de dados do setor financeiro poderá oferecer uma perspectiva mais clara sobre a saúde financeira global do Estado.
É importante destacar que, apesar do agravamento dos prejuízos das empresas do Estado, a melhoria em alguns rácios financeiros sugere que há um esforço em curso para fortalecer a estrutura financeira destas entidades. No entanto, a persistência de prejuízos elevados levanta preocupações sobre a viabilidade a longo prazo e a necessidade de reformas estruturais.
Os dados apresentados no relatório são um alerta para a necessidade de uma gestão mais eficiente e responsável das empresas públicas, especialmente num contexto económico desafiador. A análise detalhada dos resultados pode servir como base para futuras decisões políticas e económicas que visem a recuperação e a sustentabilidade do sector empresarial do Estado.
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Fonte: Sapo





