Ricardo Penarroias, Presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), revelou em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios que a greve geral marcada para o dia 11 de dezembro poderá ter uma adesão significativa. O dirigente expressou preocupação com a possibilidade de o Governo decretar serviços mínimos desproporcionais e não descartou a possibilidade de uma requisição civil.
A adesão à greve geral no setor da aviação é justificada por Penarroias como uma “questão de responsabilidade social”. O líder sindical defende que o atual documento que regula a aviação deve ser revisto na sua totalidade, afirmando que “mudanças cirúrgicas não são suficientes”. Caso o documento seja aprovado pela Assembleia da República nas suas atuais condições, novas greves poderão surgir, transferindo a responsabilidade do Governo para as empresas.
Penarroias também se manifestou contra a privatização da TAP, considerando que esta é um erro. O dirigente descreveu o caderno de encargos da privatização como “miserável” e criticou a insistência do Governo nesse processo, que considera “exacerbada” e “doentia”. O líder do SNPVAC questionou a liderança de Miguel Pinto Luz na privatização, especialmente tendo em conta que o Ministério Público está a investigar a privatização anterior de 2015.
Uma das principais preocupações de Penarroias é a falta de um debate público sobre a privatização da TAP, que considera um facto consumado sem a devida discussão. Ele acredita que, com o fim das restrições impostas por Bruxelas a 31 de dezembro, a companhia teria a capacidade de crescer sob a atual administração.
Quanto aos potenciais compradores da TAP, Penarroias não se posicionou a favor de nenhum, mas alertou para riscos associados, especialmente em relação a um pagamento de 300 milhões de euros que a TAP deve aos trabalhadores, resultante de uma decisão do Tribunal Constitucional. Este valor, que ainda não foi pago, será transferido para o futuro comprador da companhia.
Em relação à ameaça da Ryanair de encerrar voos para os Açores a partir de março de 2026, o líder sindical considerou que se trata de um “bluff” para obter vantagens do Governo Regional.
Por fim, sobre a proibição da TAP de voar para a Venezuela, Penarroias elogiou a decisão da administração da companhia em garantir a segurança da tripulação, fazendo uma escala em Guadalupe para evitar pernoitar na Venezuela.
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Fonte: Sapo





