O Parlamento português aprovou um total de 167 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026). Destas, 84 propostas foram aprovadas sem o apoio dos partidos que sustentam o Governo, o que representa cerca de 50% do total. Esta situação, classificada como “coligações negativas”, levanta questões sobre a estabilidade política e a capacidade do Executivo em gerir o orçamento.
Entre as propostas que conseguiram passar, destacam-se várias isenções de portagens, a redução do IVA sobre obras de arte para 6%, um suplemento especial de pensão destinado aos antigos combatentes e um aumento controverso de 1,6 milhões de euros nas verbas para o Tribunal Constitucional, que visa a criação de uma plataforma digital autónoma. Estas alterações refletem uma diversidade de interesses e prioridades que não foram alinhadas com a estratégia do Governo.
A aprovação de propostas em coligações negativas pode indicar um descontentamento crescente entre os partidos e a necessidade de um diálogo mais aberto sobre as prioridades orçamentais. A situação atual do OE2026 pode ser um sinal de que o Governo terá de repensar a sua abordagem para garantir uma maior coesão nas suas políticas.
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As coligações negativas no OE2026 podem ter um impacto significativo na execução do orçamento e na forma como os recursos são alocados. A capacidade do Governo em implementar as suas políticas poderá ser testada, uma vez que algumas das propostas aprovadas podem não estar alinhadas com a visão do Executivo.
É importante que os cidadãos estejam atentos a estas dinâmicas políticas, pois as decisões tomadas agora podem moldar o futuro económico do país. A análise das propostas e a forma como foram aprovadas são essenciais para compreender o cenário político e económico em que Portugal se encontra.
OE2026 Nota: análise relacionada com OE2026.
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Fonte: Sapo





