O eurodeputado e candidato à presidência, João Cotrim de Figueiredo, manifestou a sua preocupação com a situação de mais de 500 mil portugueses na Venezuela. Durante uma visita ao Mercado de Natal da Cordoaria, no Porto, o candidato sublinhou a importância de acautelar a segurança e os direitos desta comunidade, especialmente após o recente bloqueio aéreo imposto pelos Estados Unidos.
Cotrim de Figueiredo afirmou que tanto o atual Presidente da República como o Ministério dos Negócios Estrangeiros têm estado a preparar medidas para garantir que os portugueses na Venezuela estejam minimamente protegidos. No entanto, destacou que a evacuação em massa não é uma opção viável, o que torna a situação ainda mais complexa. “Temos de encontrar formas alternativas de acautelar esta comunidade”, frisou.
O candidato não hesitou em criticar o regime de Nicolás Maduro, descrevendo-o como um “regime ditatorial” que se está a transformar num “narcoestado”. Para Cotrim de Figueiredo, a situação na Venezuela não é apenas uma questão de segurança, mas também um problema político com repercussões significativas. “Não é apenas uma questão de criminalidade, mas sim uma questão política que já atingiu uma dimensão alarmante”, afirmou.
Em relação à recente revogação da licença da TAP para operar voos para a Venezuela, Cotrim de Figueiredo considerou essa decisão como mais um “abuso” do governo de Maduro. Ele mencionou que essa situação tem gerado uma oposição interna crescente, incluindo críticas de antigos apoiantes do regime, como o Partido Comunista Venezuelano. “É preocupante ver que até aqueles que antes apoiavam a ditadura agora se manifestam contra ela”, disse.
Cotrim de Figueiredo criticou também a postura do Partido Comunista Português, afirmando que este tem sido “lento a perceber os ventos da História” e a posicionar-se do lado certo. A situação dos portugueses na Venezuela continua a ser uma questão urgente que requer atenção e ação por parte das autoridades.
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portugueses na Venezuela portugueses na Venezuela Nota: análise relacionada com portugueses na Venezuela.
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Fonte: Sapo
