O Barómetro de Conjuntura Económica da CIP e do ISEG atualizou, esta segunda-feira, as previsões para o crescimento da economia portuguesa, situando-se agora entre 1,8% e 1,9% para o ano de 2025. Esta ligeira melhoria de 0,1 pontos percentuais em relação à estimativa anterior deve-se ao desempenho positivo registado no terceiro trimestre do ano.
De acordo com o Barómetro, “esta revisão resulta dos resultados alcançados no terceiro trimestre, que superaram as expectativas, mas pressupõe um abrandamento do crescimento em cadeia no último trimestre do ano”. Apesar da revisão em alta, a previsão para o crescimento do PIB em 2025 ainda está abaixo dos 2% que o Governo esperava. No entanto, reflete uma melhoria de um ponto percentual em relação ao que havia sido anteriormente projetado pela CIP/ISEG.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou na passada sexta-feira que a economia portuguesa cresceu 2,4% em termos homólogos e 0,8% em cadeia no terceiro trimestre. Para o final de 2025, as entidades preveem a continuação de um desempenho positivo do consumo privado, assim como um aumento do ritmo de crescimento do investimento público e privado.
No entanto, o Barómetro também aponta que para o quarto trimestre persiste a expectativa de crescimento em cadeia, embora a um ritmo inferior ao observado anteriormente. “Em face do desempenho muito positivo da economia portuguesa no quarto trimestre de 2024, o crescimento homólogo no quarto trimestre terá subjacente algum efeito de base”, acrescenta o relatório.
Os riscos mais relevantes para a economia continuam a estar associados à vertente externa. A CIP destaca que a deterioração das apreciações das empresas da indústria transformadora e do setor dos serviços pode moderar as expectativas para o quarto trimestre. Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP, sublinha que as expectativas de relançamento do investimento público e privado são positivas, mas alerta que “não será possível crescer a um ritmo razoável sem aumentos significativos da produtividade”. Esta condição é essencial para que Portugal consiga alcançar um crescimento sustentado e equilibrado.
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Fonte: ECO
