Martim Botton, CEO do LACS, foi o 55º convidado do podcast “E Se Corre Bem?”. Com uma carreira que inclui a administração da marca Santini e a fundação do Aruki Sushi Delivery, Botton defende que o compromisso no trabalho é essencial para o sucesso. Durante a conversa, ele partilhou a sua visão sobre a liderança e a importância de criar um ambiente onde os colaboradores se sintam parte do negócio.
Botton começou a sua trajetória profissional no Santini em 2009, após uma proposta do seu pai para se juntar à família Santini. Durante os oito anos que passou na empresa, aprendeu que a verdadeira liderança envolve colaboração e trabalho árduo. “A família Santini era composta por três pessoas que trabalhavam incansavelmente, e isso moldou a minha visão sobre o que significa liderar”, afirmou.
Após deixar o Santini, Martim Botton lançou o Aruki, um projeto de sushi delivery que surgiu antes da chegada da Uber Eats a Portugal. Apesar das dificuldades financeiras que enfrentou, a sua prioridade sempre foi garantir que os 70 colaboradores recebessem os seus salários. “Nunca falhámos nos ordenados, que sempre foi uma regra fundamental”, sublinhou.
A experiência no Aruki foi uma verdadeira escola para Botton, que aprendeu a importância de dar a cara em momentos difíceis. “Quando enfrentei problemas financeiros, fui ao fornecedor explicar a situação. O facto de ter ido lá e ter dado a cara fez toda a diferença”, contou. Para ele, essa atitude é crucial para construir relações de confiança.
Após a venda do Aruki, Botton decidiu embarcar numa viagem de quatro meses com a sua família, uma experiência que considerou fundamental para o seu crescimento pessoal. “Visitámos 11 países e isso fortaleceu a nossa união familiar”, disse. Ao regressar a Portugal, foi convidado a liderar o LACS, um espaço de coworking que se tornou um ecossistema criativo em Lisboa e no Porto.
Com cinco espaços e mais de 300 empresas, o LACS tem uma lista de espera para novos clientes. “O LACS evoluiu para atender não apenas startups, mas também empresas do Estado”, explicou. Martim Botton acredita que a liderança deve ser próxima e acessível, afastando-se do conceito tradicional de chefe. “Abomino a palavra chefe. A proximidade com as pessoas é fundamental”, afirmou.
Para Botton, o compromisso no trabalho é uma necessidade premente. “Atualmente, sente-se que o trabalho é muito descartável. É preciso compromisso, dedicação e vestir a camisola”, enfatizou. Ele defende que as pessoas devem sentir que o negócio é também delas, o que pode ser alcançado através de uma cultura que valoriza o erro como parte do processo de aprendizagem.
“Se as pessoas falharem, isso é positivo, pois significa que arriscaram”, concluiu. Martim Botton acredita que a cultura portuguesa deve mudar para valorizar a coragem de tentar, em vez de rotular o erro como uma falha. “A pergunta ‘e se corre bem?’ deve ser mais aplicada no dia-a-dia”, finalizou.
Leia também: Como a liderança pode transformar a cultura empresarial.
compromisso no trabalho compromisso no trabalho compromisso no trabalho Nota: análise relacionada com compromisso no trabalho.
Leia também: Eventos económicos e políticos a não perder esta semana
Fonte: ECO





