Vista Alegre aumenta vendas em 6,8%, mas lucros caem 33,8%

A Vista Alegre apresentou os resultados dos primeiros nove meses de 2025, revelando um crescimento nas vendas, mas uma significativa queda nos lucros. De acordo com o comunicado oficial enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa registou um aumento de 6,8% no volume de negócios, totalizando 103,6 milhões de euros. No entanto, o lucro líquido caiu 33,8%, fixando-se em 2,5 milhões de euros, uma diminuição de 1,3 milhões em comparação com o mesmo período de 2024.

Este desfasamento entre o crescimento das vendas e a redução dos lucros é preocupante. O EBITDA da empresa também sofreu uma queda de 3,7%, situando-se em 19,2 milhões de euros, com uma margem EBITDA de 18,5%. O resultado operacional desceu para 8,1 milhões de euros, o que representa uma redução de 17% em relação ao ano anterior. A empresa atribui esta deterioração da rendibilidade, em grande parte, ao aumento dos custos energéticos, que subiram 26,1%, resultando num acréscimo de cerca de 1,6 milhões de euros face a 2024.

Apesar da pressão nos lucros, as marcas Vista Alegre e Bordallo Pinheiro mantiveram um desempenho sólido no retalho, tanto a nível nacional como internacional. As vendas no canal online e nas lojas físicas aumentaram 5,2% em relação ao ano anterior. Por categorias de produtos, as vendas de grés cresceram 15,1%, enquanto a porcelana e a faiança aumentaram 4,3% e 2,6%, respetivamente. Contudo, o segmento de cristal e vidro enfrentou uma quebra de 12,3%, reflexo da fraqueza no mercado global de bebidas premium.

Os mercados internacionais continuam a ser um pilar fundamental para a Vista Alegre, com as vendas fora de Portugal a atingirem 76,7 milhões de euros, representando 74% do volume de negócios consolidado. A empresa considera esta atividade internacional essencial para a sua estratégia de crescimento, especialmente num cenário de procura diversificada entre diferentes regiões e segmentos.

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Nos primeiros nove meses de 2025, a Vista Alegre investiu 10,7 milhões de euros, focando-se em projetos de descarbonização e melhoria da eficiência produtiva. Em termos de balanço, a dívida líquida consolidada diminuiu em 0,2 milhões de euros em relação a dezembro de 2024, tendo em conta os incentivos não reembolsáveis. No entanto, o rácio de dívida líquida sobre EBITDA subiu ligeiramente, refletindo a queda do EBITDA e mantendo a alavancagem num nível exigente, num contexto de custos energéticos elevados e investimentos intensivos.

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Vista Alegre Nota: análise relacionada com Vista Alegre.

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Fonte: ECO

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