A Câmara Municipal de Lisboa, liderada pelo Executivo de Carlos Moedas, propôs um orçamento de 1.345 milhões de euros para o ano de 2026. Este valor representa uma diminuição em relação ao orçamento aprovado no ano anterior, mas, segundo a autarquia, é um aumento de cerca de 200 milhões de euros comparado a 2025.
Gonçalo Reis, vice-presidente da Câmara, explicou que a comparação se baseia na execução do orçamento de 2025, que foi de apenas 80%. Assim, o orçamento de 2026, que será discutido em Câmara a 17 de dezembro e na Assembleia Municipal a 3 de janeiro, reflete um aumento significativo em relação ao que foi efetivamente utilizado no ano anterior.
A redução do orçamento deve-se, segundo Reis, ao fim do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). O investimento total para 2026 será de 1.345 milhões de euros, com um aumento de 96 milhões em relação ao ano anterior, o que representa um crescimento de 30%.
Entre as áreas prioritárias do investimento, destacam-se o Ambiente e Espaços Verdes, bem como a Higiene Urbana, que têm sido alvo de críticas durante a campanha autárquica. O vice-presidente garantiu que a higiene urbana será uma das principais preocupações do Executivo.
O plano inclui a instalação de mais 63 câmaras de videoproteção, um investimento de 35 milhões de euros na aquisição de 98 novos autocarros para a Carris, e a alocação de cinco milhões de euros para a expansão de ciclovias e da frota de bicicletas GIRA. Além disso, a modernização da iluminação pública deverá resultar numa poupança de 1,8 milhões de euros em energia. O orçamento também prevê 6,7 milhões de euros para a construção de três novas creches em 2026 e 1,2 milhões para infraestruturas da Fábrica de Unicórnios.
No que diz respeito à dívida, a Câmara Municipal verá o seu stock de dívida bancária aumentar de 396 para 417 milhões de euros, enquanto o financiamento disponível diminuirá de 101 para 45,5 milhões de euros.
As empresas municipais receberão um investimento total de 529 milhões de euros, com a Carris a receber a maior parte, cerca de 250,3 milhões de euros. A SRU terá 96,3 milhões, a EMEL 68,3 milhões, a Gebalis 64,9 milhões e a cultura contará com 49,3 milhões.
Gonçalo Reis descreveu o orçamento como “equilibrado, seguro e ponderado”, assegurando que garantirá o bom funcionamento da Câmara Municipal já em janeiro. Apesar de não ter maioria, o Executivo avançou rapidamente com a proposta, optando por uma abordagem conservadora nas despesas.
A nova líder da bancada socialista, Alexandra Leitão, já manifestou dúvidas sobre a viabilidade dos orçamentos deste Executivo, considerando que será difícil chegar a um consenso.
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Fonte: ECO





