O IAPMEI — Agência para a Competitividade e Inovação — anunciou a antecipação de 50% dos incentivos para os beneficiários das agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta medida, considerada um “ato de justiça” para os empresários, terá um impacto financeiro de 75 milhões de euros.
A decisão foi divulgada a 2 de outubro, e o presidente do IAPMEI, José Pulido Valente, afirmou que as ordens de pagamento já estão processadas. “Esta medida resulta de três anos de gestão das agendas mobilizadoras e de uma reprogramação que aumentou a ambição de várias agendas”, explicou, em declarações à Lusa.
Embora o prazo para a execução seja curto, Pulido Valente destacou que estão em causa cerca de 200 produtos, processos ou serviços. Com esta antecipação, o IAPMEI pretende responder à crescente ambição das empresas, permitindo que as despesas sejam pagas logo após a sua apresentação, ao contrário do que acontecia anteriormente, onde o pagamento só era realizado após a validação total, um processo que podia demorar até 30 dias úteis.
Esta medida visa acelerar a execução dos projetos e permitir que as empresas “andem mais depressa” na concretização dos seus objetivos. O presidente do IAPMEI sublinhou que se trata de um “ato de justiça” que confirma a confiança que as empresas depositam neste instrumento. O impacto financeiro estimado de 75 milhões de euros representa metade do valor histórico de despesa apresentado “a cada dois ou três meses”.
Além disso, este montante pode ainda aumentar à medida que os projetos evoluem e as despesas crescem. Com uma tesouraria mais aliviada, as empresas poderão fazer as suas encomendas com maior rapidez, acelerando assim a execução dos projetos. José Pulido Valente referiu que as agendas mobilizadoras são um “modelo virtuoso” que promove a inovação.
Os incentivos aplicam-se não só às agendas mobilizadoras, mas também às agendas verdes para a inovação empresarial. Estas iniciativas, inseridas no âmbito do PRR, visam promover a colaboração entre empresas, universidades e instituições de investigação, contribuindo para a inovação da economia.
O PRR, que se estende até 2026, tem como objetivo implementar reformas e investimentos que visam a recuperação do crescimento económico, reparando os danos causados pela Covid-19 e apoiando a criação de emprego. Leia também: O impacto do PRR na economia portuguesa.
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Fonte: ECO
