Logoplaste admite que IA ainda não atinge todo o seu potencial

A inteligência artificial (IA) está a fazer a sua entrada nas empresas portuguesas, mas a CEO da Logoplaste, Sandra Santos, alerta que a sua implementação na indústria é um processo mais demorado do que a utilização de modelos generativos de primeira geração. Durante um evento no Millennium Portugal Exportador, realizado no Europarque, em Santa Maria da Feira, Sandra Santos afirmou que a aplicação da IA no chão de fábrica “está longe de se aplicar na sua potencialidade”.

A responsável pela Logoplaste, que tem 60% do seu capital à venda e atraiu o interesse de três fundos internacionais, mostrou-se otimista em relação ao futuro da IA. Contudo, reconheceu que a sua aplicação industrial requer tempo e um esforço significativo. “Estamos a dar os primeiros passos, estamos longe do objetivo final”, sublinhou. A CEO explicou que, enquanto a IA é mais facilmente aplicada em tarefas administrativas, a sua implementação no ambiente industrial ainda enfrenta muitos desafios.

Sandra Santos destacou que a utilização de ferramentas de IA pode ajudar a preencher lacunas, permitindo que as empresas prestem mais serviços com menos recursos. No entanto, para que a IA seja utilizada de forma eficaz na indústria, é necessário contar com engenheiros e data scientists capazes de criar modelos preditivos. “Os períodos de implementação são muito mais longos do que a implementação de agentes”, acrescentou.

Desde que assumiu a liderança da Logoplaste em fevereiro, Sandra Santos acredita que a IA pode tornar o trabalho mais interessante e simplificar processos. “Não duvido que vai acontecer rápido e vai ser muito positivo”, afirmou, referindo-se à necessidade de treinar a parte relacional das pessoas nas empresas. “Negócios significam tomada de risco, e essa parte vai ser precisa fazer”, concluiu.

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No mesmo painel, Pedro Dionísio, professor catedrático do ISCTE, observou que a expansão da IA de primeira geração, que celebrou uma década, é significativa. Contudo, na aplicação industrial, existe uma discrepância entre empresas que estão muito avançadas e aquelas que ainda não começaram a sua implementação. “Na convencional, é preciso engenheiros, sensores e outras situações. São dois domínios diferentes”, explicou.

Dionísio alertou as empresas com vocação exportadora para a necessidade de começarem rapidamente a utilizar estas ferramentas, uma vez que a IA pode aumentar a competitividade. Mário Peres, Country Sales Manager da Vodafone IoT Portugal, também se mostrou otimista, afirmando que a inteligência artificial é já “inevitável” e que estamos a evoluir para um mundo hiperconectado. “As oportunidades estão aí. Não devemos focar apenas no nosso mercado nacional; temos de ganhar escala”, concluiu.

Leia também: O futuro da inteligência artificial nas empresas portuguesas.

inteligência artificial inteligência artificial Nota: análise relacionada com inteligência artificial.

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Fonte: ECO

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