Bolha da Inteligência Artificial nas Bolsas: O que esperar?

Os mercados financeiros, especialmente os acionistas, estão a enfrentar uma crescente vulnerabilidade a correções acentuadas. Este alerta foi emitido pelo Banco Central Europeu (BCE) no seu recente Relatório de Estabilidade Financeira. A preocupação com a possibilidade de uma correção significativa nas cotações das ações é partilhada por outros bancos centrais, refletindo um sentimento de apreensão em relação à euforia em torno da bolha da Inteligência Artificial.

Nos últimos meses, instituições como o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão e a Reserva Federal dos Estados Unidos têm manifestado preocupações semelhantes, destacando a bolha da Inteligência Artificial como um dos principais fatores que podem levar a uma correção nos preços das ações. A questão da existência de uma bolha nas empresas de Inteligência Artificial tem gerado intensos debates nos mercados financeiros.

Recentemente, as cotações das ações sofreram uma queda significativa, mas rapidamente recuperaram, evidenciando a divisão entre os investidores sobre a real existência de uma bolha da Inteligência Artificial ou se a tecnologia ainda pode proporcionar retornos substanciais.

Comparações com a bolha das “dotcom” são frequentes, mas existem diferenças importantes. Durante o colapso do início do século, muitas empresas de tecnologia apresentavam prejuízos, ao contrário das atuais líderes em Inteligência Artificial, que mostram resultados robustos. Além disso, os investimentos de hoje são sustentados por fluxos de caixa gerados pelas suas operações, ao contrário do que aconteceu no passado.

O lançamento do ChatGPT pela OpenAI, em novembro de 2022, deu início a uma onda de euforia em torno da bolha da Inteligência Artificial. Desde então, índices como o S&P 500 e o MSCI World valorizaram-se significativamente, levantando preocupações sobre a sustentabilidade dessa escalada.

A Nvidia, uma das principais empresas do setor, viu as suas ações dispararem 1.000% desde o lançamento do ChatGPT, tornando-se a primeira empresa a atingir uma capitalização de 5 biliões de dólares. Esta valorização acentuada gerou preocupações sobre a existência de uma bolha da Inteligência Artificial, especialmente quando o S&P 500 transaciona a 23 vezes os lucros previstos, comparado com uma média histórica de 18 vezes.

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Apesar das apreensões, os resultados da Nvidia, que superaram as expectativas, diminuíram as preocupações sobre a bolha da Inteligência Artificial. A empresa reportou receitas de 57 mil milhões de dólares no terceiro trimestre, um crescimento de 62%, e projeta receitas ainda mais elevadas para o próximo trimestre.

Embora a taxa de crescimento das grandes tecnológicas esteja a abrandar, as previsões continuam a ser otimistas. As chamadas “Sete Magníficas” (Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) registaram um aumento de 18,4% nos lucros, o que, embora mais lento, ainda é superior ao crescimento médio das restantes empresas do S&P 500.

Ray Dalio, um renomado investidor, também expressa a sua preocupação com a bolha da Inteligência Artificial, mas aconselha os investidores a manterem as suas ações, uma vez que as bolhas só rebentam com eventos significativos, que ainda não são visíveis neste contexto.

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Fonte: Doutor Finanças

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