O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, defendeu a necessidade de acelerar os prazos para a construção do novo aeroporto de Alcochete, sublinhando a urgência em afastar a ideia do aeroporto do Montijo, que tem sido promovida pelo setor do turismo. Durante um debate no 50º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Macau até 4 de dezembro, Espírito Santo afirmou: “Temos de acabar com a falácia do Montijo”.
O governante destacou que a proposta de um aeroporto no Montijo, que seria uma solução imediata, não se concretizaria em menos de cinco ou seis anos. Para ele, esta opção seria um erro, assim como a localização do atual aeroporto Humberto Delgado, que atravessa uma área habitada por 400 mil pessoas. “Fazer um novo aeroporto numa zona que atinge 200 mil habitantes seria cometer um erro em cima de outro”, frisou.
Hugo Espírito Santo estabeleceu como meta o ano de 2035 para o início do projeto do novo aeroporto. Este projeto faz parte de um investimento global em infraestruturas de 60 mil milhões de euros, que inclui também a construção da terceira travessia do Tejo. O secretário de Estado revelou que o concurso para a ponte deverá ser lançado entre 2027 e 2028, com conclusão prevista para 2032-2033.
O secretário de Estado não deixou de abordar a questão das longas filas na fronteira do aeroporto de Lisboa, que considera um “embaraço”. Reconheceu que a situação é complexa e que a falta de agentes da Polícia de Segurança Pública, bem como problemas tecnológicos, contribuem para a lentidão do sistema. “A única coisa que podemos fazer é pedir desculpa por não conseguirmos resolver a situação”, disse.
Para melhorar a experiência dos passageiros, Hugo Espírito Santo anunciou que o Governo, em colaboração com a ANA, irá redesenhar as áreas de partidas e chegadas do aeroporto. “Vamos aumentar em 30% as boxes nas partidas e 70% nas e-gates nas chegadas. Queremos atingir as 42 slots até 2032”, afirmou.
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Fonte: Sapo
