Angola inaugura maior parque fotovoltaico autónomo da África Subsaariana

O Governo de Angola inaugurou recentemente o maior parque fotovoltaico autónomo da África Subsaariana, uma infraestrutura que trará eletricidade contínua a uma comunidade isolada de mais de 130 mil habitantes. Localizado na nova província do Moxico Leste, a mais de 1.500 quilómetros de Luanda, este projeto, construído pela empresa portuguesa MCA, é um marco na eletrificação do país.

O parque fotovoltaico integra tecnologias inovadoras, como um sistema de acumulação de baterias e a tecnologia Blackstart, que permite o arranque automático em caso de falhas. Elisabete Alves, diretora de operações da MCA, destacou que este sistema poderá, no futuro, estar ligado a uma rede, evitando apagões semelhantes aos que ocorreram em Portugal. Este é também o primeiro parque totalmente renovável em Angola.

O Cazombo, onde se localiza o parque, faz parte de um plano de eletrificação que visa fornecer eletricidade a mais de 200 mil casas, beneficiando cerca de um milhão de pessoas. O investimento total neste projeto ultrapassa os mil milhões de dólares, conforme revelou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges. O impacto é significativo, pois permitirá acesso a eletricidade 24 horas por dia a cerca de 136 mil pessoas e resultará numa poupança anual de quase 10 milhões de litros de combustível, um recurso escasso e caro nesta região remota.

Este projeto é considerado um marco histórico para a província do Moxico Leste e para Angola, simbolizando progresso, inclusão e independência energética. O governador da província, Crispiniano dos Santos, expressou a sua satisfação, afirmando que a eletrificação impulsionará o desenvolvimento agrário e industrial da região, além de atrair investimento privado e criar emprego para os 411 mil habitantes da província.

O impacto ambiental do parque fotovoltaico também é notável, com uma redução estimada de 37 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. Em Cazombo, já estão instaladas 12 das 16 mil ligações domiciliárias previstas, com três mil já ativas, todas servidas pela central de 25 megawatts (MW) de potência e 75 MW de capacidade de armazenamento, composta por 40.320 painéis solares de tecnologia sul-coreana.

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Além do parque fotovoltaico, o projeto inclui obras nas províncias do Bié, Malanje, Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Moxico Leste, com uma potência total instalada de 256 megawatts-pico (MWp) e 595 megawatts-hora (MWh) de armazenamento em baterias. A MCA está também a trabalhar num projeto de captação e tratamento de água do rio Zambeze, que deverá ser concluído até julho de 2027, beneficiando ainda mais a população local.

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parque fotovoltaico Nota: análise relacionada com parque fotovoltaico.

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Fonte: ECO

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