Governo rejeita apoio direto à Vasp na distribuição de jornais

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou esta quinta-feira que a solução para os problemas de distribuição de jornais em Portugal não passará por subsídios diretos a empresas específicas, como a Vasp. Durante uma conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o ministro sublinhou que qualquer intervenção pública deve ser baseada em “mecanismos concorrenciais”, evitando assim a dependência de um único operador.

A Vasp, responsável pela distribuição de jornais e revistas em várias regiões do país, anunciou que está a considerar ajustes na sua operação em oito distritos: Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança. No entanto, a empresa ainda não tomou uma decisão definitiva e está à procura de alternativas para minimizar o impacto sobre editores e populações.

Leitão Amaro enfatizou que o Governo está comprometido com a coesão territorial e o acesso à comunicação social de qualidade. Contudo, reiterou que não se comprometerá a fornecer subsídios a uma empresa em particular, afirmando: “Não quero passar cheques a nenhuma empresa em concreto”. Esta posição surge num contexto em que a Vasp enfrenta dificuldades financeiras, agravadas pela queda nas vendas de imprensa e pelo aumento dos custos operacionais.

O ministro também comentou as notícias sobre a possibilidade de distritos ficarem sem jornais, afirmando que não vê isso como uma forma de pressão sobre o Governo. “Se fossem, era mau caminho. Resultar não resultava, de certeza”, disse, garantindo que qualquer solução será transparente e aberta.

A Vasp manifestou a sua disposição para dialogar com editores e entidades públicas, buscando soluções que garantam o acesso à imprensa em Portugal. O grupo reconhece a gravidade da situação, mas ainda não tomou decisões definitivas sobre a distribuição nos distritos afetados.

Em resposta às dificuldades financeiras da Vasp, o Governo já aumentou o apoio à circulação de informação, duplicando a percentagem do porte pago de 40% para 80%, o que representa um investimento de 4,5 milhões de euros. No entanto, Leitão Amaro esclareceu que as dificuldades do setor não se devem apenas à espera por apoios estatais, mas sim a uma transformação no mercado da imprensa.

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“Se há dificuldades económicas numa operação económica, tem a ver com um ajuste ou desajuste num mercado entre o produtor de comunicação social, neste caso, a imprensa escrita, o distribuidor e o mercado que o consome”, concluiu o ministro.

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Fonte: ECO

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