Impresa enfrenta desafios financeiros com entrada da MFE

A Impresa, grupo que detém o jornal Expresso e a SIC, atravessa uma fase delicada, marcada por dificuldades em obter novas linhas de crédito e em renovar as existentes. Esta situação levou a empresa a considerar a entrada do grupo italiano Media For Europe (MFE) como acionista, justificando a necessidade de um aumento de capital. No comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa alerta que a falta de intervenção externa poderia resultar em consequências graves, como a erosão da confiança dos credores e a deterioração do seu valor económico.

A Impresa destaca que a manutenção do status quo não é viável e que a adoção de medidas imediatas é crucial para restaurar o equilíbrio financeiro. O conselho de administração sublinha que a entrada da MFE é essencial para garantir a estabilização financeira e o crescimento a médio e longo prazo da empresa. Além de suprir necessidades de tesouraria, o investimento da MFE visa também recuperar a confiança dos credores e reforçar a estrutura patrimonial da Impresa.

O grupo italiano não traz apenas capital financeiro, mas também know-how valioso, resultante da sua experiência no setor dos media. A MFE poderá contribuir com uma gestão inovadora e uma rede de contactos que pode potenciar o crescimento e a competitividade da Impresa. O aumento de capital proposto é de 17,325 milhões de euros, com a MFE a subscrever novas ações a um preço unitário de 21 cêntimos, ligeiramente acima da cotação atual de 20,6 cêntimos.

A assembleia geral extraordinária, marcada para 29 de dezembro, permitirá aos acionistas autorizar esta operação. A Impreger, holding da família Balsemão, que controla 58,75% da Impresa, verá a sua participação reduzida para 33,738%, enquanto a MFE passará a deter 32,934% da empresa. Este acordo de investimento está ainda dependente da confirmação da CMVM sobre a isenção da MFE de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) e da manutenção dos termos dos financiamentos com os bancos credores.

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A expectativa da Impresa é que estas condições sejam confirmadas no prazo de dois meses, permitindo assim a estabilização e o crescimento da sua atividade. A situação atual evidencia a importância de uma recapitalização robusta para garantir a continuidade da empresa e a proteção dos seus stakeholders. Leia também: O impacto da entrada da MFE na estratégia da Impresa.

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Fonte: ECO

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